Reduções mais singelas já repercutiriam em grandes ganhos em saúde pública |
Mas, o que uma coisa tem a ver com a outra? Dizem os pesquisadores que existem alguns mecanismos biológicos do corpo que podem explicar. Ficar muito tempo sentado diminui a expressão de óxido nítrico do organismo. Isso leva ao aumento do risco de alterações cardiovasculares. Ocorre também a diminuição da ativação de uma enzima, a lipase lipoproteica, que é importante no metabolismo oxidativo, no controle do triglicérides, colesterol e outros fatores de risco metabólicos.
O estudo quis avaliar quantas mortes no mundo poderiam ser evitadas. Para tanto, os pesquisadores precisavam saber qual o tempo médio mundial de permanência nessa posição e o aumento de risco de morte associado a esse tempo. O trabalho reuniu dados de todos os continentes; a exceção foi a África, pois não foi encontrado material com estes dados. De acordo com o educador físico Leandro Fórnias Machado de Rezende, da USP, reduzindo o tempo sentado em até 3 horas por dia, seriam evitadas 4% de mortes, uma redução de 2 horas representaria 2% de mortes evitadas.
Pesquisa x realidade
No entanto, os profissionais são conscientes da dificuldade que muitas pessoas teriam de enfrentar para conseguir reduzir o tempo em que permanecem sentadas, por vários motivos, como o tempo que gastam no transporte, ou o tipo de trabalho que realizam. Mas algumas estratégias poderiam ser adotadas, como ficar de pé, ir buscar água ou café. "Uma reunião entre duas pessoas poderia ser feita caminhando lentamente", ensina o educador físico.
Fonte: USP
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