sábado, 2 de abril de 2016

Martin Luther King no topo da montanha

Assassinado em 4 de abril de 1968, seu último discurso
deixou claro que Martin Luther King previa que sua morte
se aproximava
     Foi em um 3 de abril, do ano de 1968, um dia antes de ser assassinado, que Martin Luther King fez seu último discurso Eu estive no topo da montanha, proferido na sede mundial da Igreja de Deus em Cristo, em Menphis, nos Estados Unidos. Durante sua fala, fez um apelo à união entre os ativistas negros e aos protestos não-violentos. Pastor evangélico e ativista político, Martin Luther King é considerado um dos grandes nomes que marcaram a luta dos negros norte-americanos contra os atos de preconceitos raciais que assolaram os Estados Unidos. Chegou a ganhar um Nobel da Paz. Foi morto a tiros, quando estava na varanda do hotel em que estava hospedado.

      Bem, eu não sei o que acontecerá agora. Temos dias difíceis pela frente. Mas, para mim, isso não importa agora, porque eu estive no topo da montanha. E não me importo. Como qualquer pessoa, gostaria de ter uma vida longa; a longevidade tem o seu lugar. Mas não estou preocupado com isso agora. Só quero fazer a vontade de Deus. E Ele permitiu que eu subisse a montanha. Olhei ao redor e contemplei a terra prometida. Talvez não vos acompanhe até lá, mas quero que saibam esta noite que nós, como povo, chegaremos à terra prometida. E estou feliz esta noite; nada me preocupa. Não temo nenhum homem. Os meus olhos viram a glória da chegada do Senhor.

       Embora oficialmente um homem tenha se pronunciado como o assassino, suspeita-se que pessoas mais influentes estivessem por trás do ato que terminou na morte do ativista político. O próprio FBI já foi apontado como um dos interessados no silêncio de Luther King, uma vez que suspeitas apontavam que o então chefe do Escritório Federal de Investigação dos Estados Unidos supunha que o ativista fosse comunista. Em 1979, o Congresso norte-americano concluiu as investigações, mas o acesso aos relatórios só será possível em 2029. James Ray que, a princípio, confessou o crime, alegou posteriormente inocência e que havia sido manipulado. O suposto assassino morreu em 1998.

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