terça-feira, 19 de abril de 2016

Funai aprova estudo de demarcação de quatro terras indígenas

Terra Indígena Sawré Muybu, que totaliza 178.173 hectares
     Ainda que não há motivos a se comemorar, vale destacar algumas ações do Governo Federal em prol de um povo por tempos esquecido, eles, os índios. A Fundação Nacional do Índio, a Funai, aprovou estudos das Terras Indígenas Sawré Muybu, no Pará, Ypoi/Triunfo, no Mato Grosso do Sul, Sambaqui, no Paraná e Jurubaxi-Teá, no Amazonas. Em 2015, a Funai foi multada pela Justiça Federal de Itaituba sobre o descumprimento de uma sentença judicial que ordenava o prosseguimento  da demarcação da Terra Indígena Sawré Muybu. A multa aplicada foi de R$ 3 mil por dia de descumprimento, a contar do dia 6 de agosto do ano passado.

    A Terra Indígena Sawré Muybu tem 178.173 hectares e é de ocupação tradicional do povo Munduruku, que migraram do Alto Tapajós na segunda metade do século 20. E após um longo declínio, por conta do contato com a sociedade envolvente, essa etnia vem passando por um processo de recuperação populacional. Para eles, o local onde se situa a T.I. Sawré Muybu tem um caráter muito simbólico, pois o "Fecho", o local onde o rio se estreita, é, de acordo com a mitologia Munduruku, como o ponto de surgimento do rio Tapajós.

    Já a Terra Indígena Ypoi/Triunfo, do povo Guarani Ñandeva, possui 19.756 hectares. Eles foram esbulhados de seu território de ocupação tradicional e compulsoriamente transferidos para Reservas Indígenas. Mesmo em condições adversas de submissão, os Guarani Ñandeva nunca deixaram de acessar sua área de ocupação tradicional.

     De ocupação do povo Guarani Mbya, a Terra Indígena de Sambaqui, tem 2.795 hectares. O passado histórico da região comprovam a presença indígena e o movimento da etnia Mbya em busca e antigos territórios a costa litorânea desde 1940.

      A maior de todas, a Terra Indígena Jurubaxi-Téa, possui 1.208.155 hectares e está localizada no Amazonas. Dez grupos indígenas habitam a área. Eles ocupam a região há século. Registros de caráter mais sistemático derivam das atividades de padres Jesuítas, datados do século 17. É este o período de maior intensificação no processo de colonização. Atualmente, as atividades produtivas desempenhadas  pelos habitantes da região, notadamente extrativistas, ainda são profundamente marcadas pelo sistema de aviamento.

Fonte: Funai

Nenhum comentário:

Postar um comentário