Sucralose é o adoçante artificial mais utilizado tanto para fins industriais e uso pessoal |
O professor Rodrigo Ramos Catharino, da Faculdade de Ciências Farmacêuticas, e os pesquisadores Diogo Noin de Oliveira e Maico de Menezes demonstraram que, quando aquecida, a sucralose torna-se quimicamente instável, liberando hidrocarbonetos policíclicos aromáticos clorados, compostos tóxicos, cumulativos no organismo humano e potencialmente cancerígenos.
De acordo com o professor, o estudo é o primeiro, em nível mundial, a relatar o comportamento térmico da sucralose, abrangendo uma vasta gama de abordagens analíticas. Portanto, o uso deste edulcorante artificial merece muita atenção dos consumidores, e necessita de outras pesquisas.
Açúcar de mesa
A sucralose é produzida sinteticamente a partir da sacarose, o açúcar de mesa, obtido por meio da cana-de-açúcar. A principal diferença química entre eles é a presença de átomos de cloro presentes na sucralose, que são capazes de aumentar o poder de doçura do adoçante, que chega a ser 400 vezes maior do que o da sacarose. O açúcar comum possui átomos de carbono, hidrogênio e oxigênio, enquanto que o sucralose alguns átomos de oxigênio foram substituídos pelo cloro.
Rodrigo Catharino explica que a sucralose não decomposta é isenta de riscos ao nosso organismo, ou seja, se não aquecida, ela se torna completamente inofensiva. Embora muitos fabricantes informam, no rótulo do adoçante, que a sucralose é estável ao aquecimento, indicando e sugerindo receitas com alimentos quentes, o estudo da Unicamp demonstrou uma avaliação contrária à estas indicações.
Fonte: Unicamp
Nenhum comentário:
Postar um comentário