A palavra some e as postagens deixam de ser publicadas, mas nem por isso você deixa de existir |
Aí é que está o ponto. Depois que passamos a nos comunicar pelas redes sociais, o sumir, o ausentar-se não mais importam no mundo físico; estar ausente ou ser presente são aspectos que passaram a co-existir no mundo virtual. Acostumamo-nos ver as postagens dos amigos e isso basta para acreditarmos que esteja tudo bem com aquela pessoa. As postagens alegres nos fazem crer que o amigo passa por um bom momento em sua vida. Por vezes, a dor alheia pode nos chamar a atenção apenas quando mencionada ou postada. A partir daí, nos preocupamos. E caso tenha uma brecha na agenda, damos um jeitinho para uma visitinha ao vivo.
Não que eu defenda a ideia de que as redes sociais devam se transformar em um divã; mensagens tristes e desabafos, de fato, não são agradáveis. Mas a bandeira que eu defendo é a de não não deixamos morrer o velho hábito da interação presencial, ou pelo menos, um alô ao final do dia, para aqueles a quem consideramos amigos. Ouvir e ser ouvido, falar e escutar, são hábitos que fazem manter laços de amizade ativos, além disso, nos tornamos mais próximos do outro.
É fato que hoje o mundo é outro. Telegrama? Quem ainda manda? A cartinha ao amigo ficou no passado. Mas nem por isso, vamos mecanizar nossos sentimentos, tornando-nos escravos da tecnologia. Fiquei sem sinal? Deixei de existir, ou deixei de procurar o outro.
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