quinta-feira, 28 de abril de 2016

QUINTA FEMININA: Marika Gidali em dupla comemoração ao Dia Internacional da Dança

Marika chegou ao Brasil depois da
Segunda Guerra Mundial e, por aqui,
iniciou os estudos de dança
      Comemorado em 29 de abril, o Dia Internacional da Dança teve esta data escolhida pela UNESCO em referência ao aniversário do mestre francês Jean-Georges Noverre (1727-1810), que ultrapassou os princípios gerais que norteavam a dança do seu tempo para enfrentar problemas relativos à execução da obra. Mas, por coincidência, entre os brasileiros a data também pode estar associada ao aniversário de uma personalidade de indiscutível importância: a húngara Marika Gidalgi, a bailarina que, com Décio Otero, seu marido, fundou o Ballet Stagium em 1971 em São Paulo, para inaugurar no Brasil uma nova maneira de se fazer e apreciar dança. 

       Marika nasceu em Budapeste no ano de 1937. Chegou ao Brasil quando tinha apenas 10 anos de idade. Iniciou os estudos de dança em São Paulo com o professor Serge Murchatovsky, na escola de Carmem Brandão. Atuou como bailarina no Teatro Municipal do Rio de Janeiro, Ballet do Teatro Cultura Artística e Ballet IV Centenário. Trabalhou em espetáculos teatrais como coreógrafa e assistente de direção, atuando ao lado de importantes nomes da cena brasileira. Chegou a dançar ao lado de Marlene Dietrich, quando esta estava em visita ao Brasil.


O nordeste, particularmente a Bahia, sempre
foram fontes de inspiração para Marika
      Na década de 1980 realizou seu maior sonho, fundou o Projeto Escola Stagium, quando levou mais de 80 mil crianças e adolescentes da periferia da cidade para assistirem espetáculos de dança. Em 1999, foi convidada para coordenar projetos sociais de grande repercussão, tendo sido responsável pelas atividades de dança nas unidades da Fundação para o Bem-Estar do Menor, a Febem. Sua vida e obra estão registradas no livro Marika Gidali, Singular e Plural, escrito por Decio Otero. 

        Batalhadora e ativista, percorreu de norte a sul do País, muitas vezes de ônibus, para levar a dança a todos os cantos. Foi a única brasileira a conhecer os rituais indígenas, como Quarup, levando a dança e a cultura brasileira ao exterior com imenso sucesso.
       
      Recebeu inúmeras premiações como bailarina e educadora, tais como: Medalha de Ordem do Mérito Cultural/ Federativa do Brasil, por sua relevante contribuição à cultura brasileira, Prêmio UNESCO e Prêmio Jorge Amado de Literatura e Arte.



A data

      O Dia Internacional da Dança é importante como mais um espaço de mobilização em torno deste assunto. Alguns dos objetivos desta comemoração é aumentar a atenção pela importância da dança entre o público geral, assim como incentivar governos de todo o mundo para fornecerem melhores políticas públicas voltadas à dança.

Fonte: Wikipedia
Fotos: Blog de Fãs do Stagium 

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