Pelas suas escolhas, ganhou respeito do meio cinematográfico |
Nascido em 1927 nas Bahamas, Sidney Poitier ingressou no Exército para fugir do frio e da fome. Depois, trabalhou como lavador de pratos. Quando tinha 23 anos, deu início a sua carreira de ator e fez o primeiro de seus mais de 50 filmes - O Ódio É Cego. Para o trabalho, recebeu 3 mil dólares.
Durante a entrega do prêmio, o beijo que Poitier deu na bochecha da atriz branca Anne Brancoft causou polêmica na época. Sinal de que o inédito prêmio ainda não derrubaria completamente o preconceito dentro da sociedade americana; vigente até hoje.
Eram tempos difíceis, de debates e embates. Tempos de lutas pelos direitos civis, por igualdade racial. Em agosto de 1963, Martin Luther King anunciara o seu sonho de que um dia "todos estariam prontos para dar as mãos e cantar as palavras da canção Enfim livres, livres enfim. Graças ao Deus Todo-Poderoso, nós estamos enfim livres."
1940
Hattie McDaniel, em 1940, ganhou o Oscar como Melhor Atriz Coadjuvante pela governanta Mammy, humilde e fiel à patroa Scarlett O'Hara, em E O Vento Levou. Mas era o papel do clássico negro estereotipado. Sidney Poitier rompeu com estes padrões desde o início. Não aceitou o jogo da indústria e recusou diversos papéis de negros típicos em Hollywood. Antes de 1964, foi indicado ao Oscar de Melhor Ator em 1959, pelo filme Acorrentados.
Depois deste 1964, 38 anos depois, outro ator negro, Denzel Washington, voltaria a ganhar a estatueta de Melhor Ator. O ano, 2002, justamente na mesma cerimônia em que Poitier foi homenageado pelo conjunto da obra.
Fonte: Efemérides - Fernando Figueira Mello
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