sábado, 30 de abril de 2016

MinC cria ações para promoção da Língua Portuguesa

Presente em oito países como língua oficial, promoção da
 Língua Portuguesa é uma das prioridades da pasta
      Esta semana, no Ministério da Cultura, o MinC, estiveram reunidos os representantes da Comissão Nacional do Brasil do Instituo Internacional de Língua Portuguesa, entidade veiculada à Comunidade dos Países de Língua Portuguesa, para debater ações e prioridades a serem  adotadas nas próximas reuniões sobre o tema. Um dos objetivos do MinC, de acordo com o diretor de Relações Internacionais, Gustavo Pacheco, é investir em processos contínuos que promovam a Língua Portuguesa; promover os livros brasileiros no exterior; melhorar a comunicação entre países membros da Comunidade, e dar maior foco na adoção de parceria da sociedade civil, acadêmica e privada. 

      Sexto idioma mais falado no mundo, a Língua Portuguesa vai muito além de uma simples ferramenta de comunicação: engloba dimensões culturais, econômicas e geopolíticas.

Comemoração

       O dia 12 de maio é o Dia da Língua Portuguesa. O idioma é falado oficialmente em Angola, Brasil, Cabo Verde, Guiné-Bissau, Moçambique, Portugal, São Tomé e Príncipe e Timor Leste.

Fonte: MinC

sexta-feira, 29 de abril de 2016

LER&SER: O Sol É Para Todos - Harper Lee

      Um livro emblemático sobre racismo e injustiça: a historia de um advogado que defende um homem negro acusado de estuprar uma mulher branca nos Estados Unidos dos anos 1930 e enfrenta represálias da comunidade racista. O livro é narrado pela sensível Scout, filha do advogado. Uma historia atemporal sobre tolerância, perda da inocência e conceito de justiça. O Sol É Para Todos, com seu texto forte, melodramático, sutil e cômico, se tornou um clássico para todas as idades e gerações.

       Harper Lee publicou o livro em 1960, tornando-se sucesso de público e crítica, e desde então nunca mais lançou um livro até que fosse descoberto o Vá Coloque Uma Vigia, escondido em uma caixa e lançado em 2015. Em 2007 foi premiada com a Medalha Presidencial da Liberdade dos Estados Unidos, por suas contribuições à literatura. Pelo livro, ganhou o Prêmio Pulitizer de Ficção em 1961. Muito reservada passou anos sem dar entrevistas. Morreu em fevereiro deste ano, aos 90 anos de idade.

     

quinta-feira, 28 de abril de 2016

QUINTA FEMININA: Marika Gidali em dupla comemoração ao Dia Internacional da Dança

Marika chegou ao Brasil depois da
Segunda Guerra Mundial e, por aqui,
iniciou os estudos de dança
      Comemorado em 29 de abril, o Dia Internacional da Dança teve esta data escolhida pela UNESCO em referência ao aniversário do mestre francês Jean-Georges Noverre (1727-1810), que ultrapassou os princípios gerais que norteavam a dança do seu tempo para enfrentar problemas relativos à execução da obra. Mas, por coincidência, entre os brasileiros a data também pode estar associada ao aniversário de uma personalidade de indiscutível importância: a húngara Marika Gidalgi, a bailarina que, com Décio Otero, seu marido, fundou o Ballet Stagium em 1971 em São Paulo, para inaugurar no Brasil uma nova maneira de se fazer e apreciar dança. 

       Marika nasceu em Budapeste no ano de 1937. Chegou ao Brasil quando tinha apenas 10 anos de idade. Iniciou os estudos de dança em São Paulo com o professor Serge Murchatovsky, na escola de Carmem Brandão. Atuou como bailarina no Teatro Municipal do Rio de Janeiro, Ballet do Teatro Cultura Artística e Ballet IV Centenário. Trabalhou em espetáculos teatrais como coreógrafa e assistente de direção, atuando ao lado de importantes nomes da cena brasileira. Chegou a dançar ao lado de Marlene Dietrich, quando esta estava em visita ao Brasil.


O nordeste, particularmente a Bahia, sempre
foram fontes de inspiração para Marika
      Na década de 1980 realizou seu maior sonho, fundou o Projeto Escola Stagium, quando levou mais de 80 mil crianças e adolescentes da periferia da cidade para assistirem espetáculos de dança. Em 1999, foi convidada para coordenar projetos sociais de grande repercussão, tendo sido responsável pelas atividades de dança nas unidades da Fundação para o Bem-Estar do Menor, a Febem. Sua vida e obra estão registradas no livro Marika Gidali, Singular e Plural, escrito por Decio Otero. 

        Batalhadora e ativista, percorreu de norte a sul do País, muitas vezes de ônibus, para levar a dança a todos os cantos. Foi a única brasileira a conhecer os rituais indígenas, como Quarup, levando a dança e a cultura brasileira ao exterior com imenso sucesso.
       
      Recebeu inúmeras premiações como bailarina e educadora, tais como: Medalha de Ordem do Mérito Cultural/ Federativa do Brasil, por sua relevante contribuição à cultura brasileira, Prêmio UNESCO e Prêmio Jorge Amado de Literatura e Arte.



A data

      O Dia Internacional da Dança é importante como mais um espaço de mobilização em torno deste assunto. Alguns dos objetivos desta comemoração é aumentar a atenção pela importância da dança entre o público geral, assim como incentivar governos de todo o mundo para fornecerem melhores políticas públicas voltadas à dança.

Fonte: Wikipedia
Fotos: Blog de Fãs do Stagium 

quarta-feira, 27 de abril de 2016

As bactérias que habitam objetos de uso comum no ambiente hospitalar

Boa parte dos hospitais contam com caixas
eletrônicos, cujos teclados e telas escondem
uma variedade enorme de bactérias
      Funcionários ou pessoas saudáveis que, por algum motivo, tiverem que entrar em um ambiente hospitalar devem ficar atentos a um perigo invisível a olho nu, mas de grande risco à saúde: os micro-organismos que causam as temidas infecções hospitalares. Uma equipe do Instituto de Medicina Tropical da Universidade de São Paulo identificou mais de 2 mil gêneros de bactérias em superfícies de contato no Hospital das Clínicas, o HC, da capital paulista. Eles vivem em objetos de uso comum, como botões de elevador, teclas de caixas-eletrônicos, relógio de ponto biométrico, dentre outros. Locais que parecem inofensivos, comparados às salas de isolamento, laboratórios e contêineres de lixo infectado. 

      Liderado pelo pesquisador Sabri Sanabani, o grupo coletou amostras que resultaram na identificação de 926 famílias de 2.832 gêneros de bactérias. Algumas delas podem ser perigosas até para pessoas saudáveis, como a Salmonella entérica e a Staphylococcus aureus. E mais perigosas ainda para pacientes imunocomprometidos, como pessoas com câncer. O trabalho de identificação desses micro-organismos só foi possível graças a métodos modernos de biologia molecular, que utilizam equipamentos que conseguem ler rapidamente milhões de fragmentos de DNA ao mesmo tempo, permitindo análises antes impossíveis de fazer. A enorme diversidade de população bacteriana foi uma verdadeira surpresa para os pesquisadores. Os resultados foram encaminhados ao HC.

Demais hospitais

       Sanabani afirma ser impossível encontrar um hospital livre de germes. Daí a importância de campanhas educativas que alertem sobre higiene. A limpeza, que remove 90% dos micro-organismos, deve ser realizada de uma forma padronizada, ou se possível, por meios automatizados para garantir um nível adequado de higienização. Estudos como estes são importantes para avaliar o estado atual dos ambientes hospitalares e identificar as áreas que se beneficiariam mais com uma higienização completa, ou em casos específicos, uma reforma.

Fonte: USP

terça-feira, 26 de abril de 2016

Vamos falar sobre..."aqueles dias"

Se tratada com naturalidade, pode
abrir caminhos para políticas públicas
de saúde
       Menstruação. Desde que o mundo é mundo toda mulher um dia já menstruou. Mas por que o assunto ainda é tratado com certo tabu ou distanciamento? Por que as mulheres sentem-se desconfortáveis publicamente sobre uma situação que é absolutamente normal e corriqueira? Se os homens menstruassem, o assunto seria encarado com mais naturalidade? Tais abordagens foram tratadas em recente artigo na revista Newsweek.

        Abigal Jones descreve que tão natural quanto comer, beber e dormir, a maioria das mulheres detesta falar sobre ele. Quando meninas, assim que menstruam, elas se fecham em silêncio, obrigadas a lidar com todo o desconforto. As mulheres de um modo geral tentam esconder o absorvente nas idas aos banheiros públicos para que ninguém saiba que estão em seu ciclo menstrual. Todas já passaram pela situação constrangedora de ter roupas manchadas, ao passo que as campanhas publicitárias ainda insistem em mostrar com cenas nada reais dessa confusão sangrenta.

        Em 1978, Gloria  Steinem, pioneira feminista, ao ser questionada sobre o que aconteceria se os papéis se invertessem e os homens começassem a menstruar, disse,de forma cômica, que os homens iriam se gabar comparando-se uns aos outros sobre a quantidade do fluxo e o tempo de duração do período. Eles usariam esta condição para seus próprios benefícios, como no trabalho, posições de liderança, cargos públicos. "Haveriam os absorventes Paul Newman. E os diálogos seriam mais ou menos assim: "Ei, cara, como vai?". "Estou bem, estou naqueles dias". Quarenta anos depois, e pouca coisa mudou. Na maioria dos estados norte-americanos há impostos para os absorventes íntimos, que não são inseridos nas fraldas geriátricas e no Viagra, por exemplo.

         Banheiros femininos, públicos e privados, não dispõem de absorventes íntimos; ainda que para venda. O desconforto é maior para as presidiárias e mulheres que vivem nas ruas. A situação piora mais ainda em países em desenvolvimento. Tabus, pobreza, instalações sanitárias inadequadas e a cultura do silêncio criam um ambiente em que às meninas e às mulheres é negado o que deveria ser um direito básico. De acordo com relatório de 2015 da UNICEF e da Organização Mundial da Saúde, pelo menos 500 milhões de meninas e mulheres não têm meios adequados para sua higiene íntima. Na zona rural da Índia, uma em cada cinco meninas abandona a escola depois que começam a menstruar. Das 355 milhões de meninas e mulheres indianas que menstruam, apenas 12% usam absorventes íntimos.

Igualdade de gênero

        Há nos Estados Unidos um movimento, iniciado por ativistas, inventores, políticos, fundadores de startups e pessoas comuns, que pretende tirar o estigma que há sobre a menstruação. Não se pode acreditar numa política de igualdade de gênero se a menstruação não for debatida abertamente. Mas o assunto nem sempre foi tabu. Em culturas antigas era um sinal de honra e poder, um tempo sagrado para as mulheres descansarem e um processo de autoconhecimento. Depois disso, a menstruação foi envolta de silêncio, quebrado em 1970, quando o médico Edgar Berman, membro do Comitê do Partido Democrata, sugeriu que as mulheres não poderiam exercer cargos públicos por conta das suas mudanças hormonais. Disse: "imaginem uma mulher na presidência de um banco fazer um empréstimo sob o ataque de fúria causado pelos hormônios". Estes comentários levaram a sua renúncia.

       Tempos depois, e o presidente Barack Obama se tornou o primeiro presidente a debater o assunto publicamente, quando uma jovem lhe questionou do porquê os absorventes serem tributados como artigos de luxo. Obama disse que não saberia responder a pergunta, mas que talvez fosse porque as leis foram feitas pelos homens.

Fonte: NewsWeek

segunda-feira, 25 de abril de 2016

A depressão muito além dos grandes centros urbanos

Bares no município de Tefé. Beber ou rezar são as opções de
lazer apontadas pelos jovens
      É senso-comum associar a depressão a situações do cotidiano ligadas a vida moderna dos grandes centros urbanos. O medo com a violência, o excesso de competitividade no trabalho e um estilo de vida que cada vez mais isola os moradores em apartamentos minúsculos, cria a crença de que uma vida totalmente diferente seria uma alternativa para afastar um possível quadro deste transtorno. Pode até ser, mas uma pesquisa mostra que não é bem assim.

      A depressão também atinge populações da Amazônia. Um estudo realizado pela professora e enfermeira Edinilza Ribeiro dos Santos nas cidades de Coari e Tefé, no interior do estado do Amazonas, mostra que 1 em cada 5 habitantes, com 20 anos ou mais, tem depressão. Os fatores associados ao quadro foram: baixos níveis de escolaridade e renda, uso de álcool, ausência de pouco apoio social de familiares e amigos, estresse e ter outras doenças físicas. Ao todo, foram entrevistados 1.631 pessoas residentes nas duas cidades. Para a pesquisadora, os jovens de sua pesquisa talvez sejam mais suscetíveis aos transtornos depressivos devido ao alto desemprego na região e a consequente falta de perspetiva.

      Essa falta de horizonte fica claro com o depoimento de um jovem morador que diz haver na região apenas duas alternativas: rezar ou beber, o que chama a atenção para a ausência de lazer nos dois municípios. As opções de lazer diversão ficam por conta das eventuais festas folclóricas e áreas de banho naturais. Municípios vizinhos, Coari e Tefê estão localizados no centro territorial do Estado do Amazonas. Só é possível chegar às cidades de avião ou pelo rio. Possuem agricultura e pecuária de subsistência, mas o grande empregador em ambos é o poder público. Tefé possui 61 mil habitantes e Coari aproximadamente 75 mil habitantes.

Fonte: USP

domingo, 24 de abril de 2016

É possível animais criarem crianças?

Estátua retrata lenda romana sobre os gêmeos
Rômulo e Remo terem sido criados por lobos
     Lenda, historias reais ou apenas mito? Com a estreia do filme Mogli - O Menino Lobo, que conta a historia do menino criado por lobos, surge a questão: animais podem criar bebês humanos? A mais famosa de todas é a lenda romana, segundo a qual os irmãos Rômulo e Remo teriam sido criados por lobos.

      De todos os animais, os lobos e os cães parecem ser os mais suscetíveis a criar uma criança. Um exemplo é a o que aconteceu, em 1991, com a menina de sete anos. Oxana Malaya foi encontrada por ucranianos vivendo entre cães, tendo sido abandonada pelos pais cinco anos antes, segundo relatou na época o jornal Daily Mail. Ela não conseguia falar, corria de quatro e latia, além de se limpar como um cão. Este comportamento fez muitos acreditarem que de fato ela havia sido cuidada por cães, que ofereciam abrigo e alimento.

      Sete anos depois, surgiu outro caso; dessa vez o caso ocorreu em Moscou com um menino de seus anos.  Ivan Mishukov foi encontrado por policiais andando pelas ruas da cidade, pedindo comida para uma matilha de cães que o acompanhavam. Mas diferente de Oxana, Ivan se manteve tipicamente humano, apesar de quase não falar e apenas se comunicar por rosnados.

       Para a antropóloga Mary-Ann Ochota muitos casos são falsos. Uma criança ser criada por animais é uma lenda comum em muitas culturas, mas dificilmente se aplica à realidade. Ela acredita  que as historias dessas crianças são mais sobre o abuso e a negligência infantil do que sobre a relação entre animais e humanos. Trata-se de uma certa romantização, mas que pode contribuir para o reconhecimento da complexidade dos animais não-humanos e a necessidade de respeitar seus direitos. Boato, lenda ou realidade? Cada um é livre para seguir sua própria crença.

Fonte: Anda

sábado, 23 de abril de 2016

Biblioteca do Congresso dos Estados Unidos completa 216 anos

Turistas podem apenas conhecer o local. Para ter acesso ao
acervo, é necessário o cartão de identificação 
       Inaugurada em 24 de abril de 1800, a Biblioteca do Congresso dos Estados Unidos é a instituição cultural mais antiga daquele país e a maior biblioteca do mundo em espaço de armazenagem e número de livros. Localizada em Washington, possui mais de 155 milhões de itens, incluindo materiais disponíveis em 470 idiomas.

      A historia desta instituição começou quando John Adams era o presidente dos Estados Unidos e assinou um ato para transferir a sede do governo nacional da Filadélfia para a nova capital federal. Para isso, a legislação destinou verbas de cinco mil dólares para a aquisição daqueles livros que eram necessários ao uso do congresso. Hospedada no novo Capitólio até 1814, o acervo de três mil volumes foi totalmente destruído quando as tropas invasoras britânicas atearam fogo no prédio.

      Pouco tempo depois, o ex-presidente Thomas Jefferson ofereceu sua biblioteca pessoal como reposição. Jefferson tinha gasto 50 anos acumulando livros, armazenando tudo que fosse relacionado aos Estados Unidos, além de raridades e material valioso sobre cada uma das ciências. Sua biblioteca foi considerada uma das melhores dos Estados Unidos. O ex-presidente passava por momentos de endividamento financeiro. Em 1815, o Congresso aceitou a oferta de Jefferson destinando 23.950 dólares em troca de seus 6.487 livros. Foi a partir daí que nasceu o conceito Jeffersoniano da universalidade, que é a crença de que todos os assuntos são importantes para a biblioteca legislativa dos Estados Unidos, sendo a filosofia e a lógica por trás das políticas de coleção da biblioteca do congresso nos dias atuais.

      Em dezembro de 1851, um incêndio destruiu 35 mil livros, um retrato original de Cristóvão Colombo, retratos dos cinco primeiros presidentes pintados por Gilbert Stuart e estátuas de George Washington, Thomas Jefferson e do Marquês de Lafayette.

Acesso

      A Biblioteca do Congresso é aberta ao público, e para pesquisa acadêmica é necessário ter o Cartão de Identificação do Leitor. No entanto, apenas membros do Congresso, juízes da Suprema Corte de Justiça, seus empregados, funcionários da própria Biblioteca e alguns outros oficiais do governo podem realmente fazer um exame minucioso dos livros.

      

Fonte: Infoescola

sexta-feira, 22 de abril de 2016

LER&SER: Abra Este Pequeno Livro - Jesse Klausmeier

     Abra este pequeno livro e leia sobre...a grande aventura que é a leitura. O convite é da jovem estreante autora Jesse Klausmeier, que, junto da celebrada ilustradora Suzy Lee, criou uma historia que celebra o prazer da leitura e da amizade. Mas não se trata de qualquer livro. Aliás, vários livros. Pois uma vez que o abrimos, o que encontramos é...outro livro! O leitor vai acompanhar a historia da joaninha, que abre um pequeno livro verde para ler a historia do sapo, que por sua vez abre um pequeno livro laranja para ler sobre a coelha, e por aí vai.

      Cada vez que um personagem abre um novo livro, o leitor, literalmente, abre junto com ele. Como não podia deixar de ser, se tratando de uma obra de Suzy Lee Abra Este Pequeno Livro traz um formato inovador, proporcionando uma experiência interativa. Dentro de cada pequeno livro se esconde um livro ainda menor, sempre com uma capa colorida e minuciosamente ilustrada.

       Cada livro novo é introduzido por uma cor diferente. Quando todos estiverem abertos, o leitor terá uma surpresa. Para todos aqueles que apreciam uma boa leitura e, principalmente, um bom livro. Ou melhor, vários bons livros.

quinta-feira, 21 de abril de 2016

QUINTA FEMININA: Hilda Hilst e sua marca na literatura nacional

Assuntos tidos como socialmente controversos
foram temas abordados pela autora
       Uma das maiores escritoras em língua portuguesa do século 20, Hilda de Almeida Prado Hilst nasceu em pleno feriado de Tiradentes no ano de 1930. Estudou Direito no Largo São Francisco, da Universidade de São Paulo, ao lado da também escritora Lygia Fagundes Telles, de quem tornou-se grande amiga.

       Seu primeiro livro, Presságio,  foi publicado em 1950, dois anos antes de concluir o curso de Direito. Em 1962, recebeu o Prêmio Pen Clube de São Paulo pelo livro Sete Cantos do Poeta para o Anjo. Em 1964, Hilda decidiu afastar-se da vida agitada de São Paulo para viver próximo à Campinas, na sede da fazenda da sua mãe, até o término da construção da sua própria casa na mesma propriedade. A Casa do Sol, como denominou, foi planejada para ser um espaço de inspiração e criação artística. Lá, ela viveu o resto de sua vida, e onde hospedou diversos artistas e escritores.

        Em 1966, casou-se com o escultor Daniel Casarini, com quem já morava. Em 1969, a peça O Verdugo arrebatou o Prêmio Anchieta, um dos mais importantes do país na época. Hilda escreveu por quase cinquenta anos, tendo sido agraciada com os mais importantes prêmios literários do Brasil. A Associação Paulista de Críticos de Arte considerou Ficções o melhor livro do ano, e a mesma APCA lhe concedeu o Grande Prêmio da Crítica para o Conjunto da Obra.

        Segundo ela mesma dizia, seu trabalho sempre buscou, essencialmente, retratar a difícil relação entre Deus e o homem. Muitos de seus livros se esgotaram devido a uma escassa distribuição. Porém, em 2001, a Editora Globo adquiriu os direitos de sua obra e, em dezembro daquele mesmo ano, passou a reeditar a obra completa da escritora.

        Hilda Hilst morreu na madrugada de 4 de fevereiro de 2004, aos 73 anos, em Campinas. Internada havia 35 dias para a realização de uma cirurgia, após sofrer uma queda que lhe causou uma fratura no fêmur. A escritora tinha deficiência crônica cardíaca e pulmonar, o que agravou o seu quadro clínico. Ela teve falência múltipla dos órgãos.

         O Instituto Hilda Hilst tem como primeira missão a manutenção da Casa do Sol, seu acervo e o espírito de ser um porto seguro para a criação intelectual.

Fonte: Wikipedia

quarta-feira, 20 de abril de 2016

Viva mais. Sente-se menos ao longo do dia

Reduções mais singelas já repercutiriam
em grandes ganhos em saúde pública
      Um estudo realizado por pesquisadores das Universidade de São Paulo e Federal de Pelotas concluiu que 4% das mortes no mundo poderiam ser evitadas apenas reduzindo o tempo que as pessoas permanecem sentadas ao longo do dia. Em números, isso representa 433 mil pessoas por ano.

      Mas, o que uma coisa tem a ver com a outra? Dizem os pesquisadores que existem alguns mecanismos biológicos do corpo que podem explicar. Ficar muito tempo sentado diminui a expressão de óxido nítrico do organismo. Isso leva ao aumento do risco de alterações cardiovasculares. Ocorre também a diminuição da ativação de uma enzima, a lipase lipoproteica, que é importante no metabolismo oxidativo, no controle do triglicérides, colesterol  e outros fatores de risco metabólicos.

       O estudo quis avaliar quantas mortes no mundo poderiam ser evitadas. Para tanto, os pesquisadores precisavam saber qual o tempo médio mundial de permanência nessa posição e o aumento de risco de morte associado a esse tempo. O trabalho reuniu dados de todos os continentes; a exceção foi a África, pois não foi encontrado material com estes dados. De acordo com o educador físico Leandro Fórnias Machado de Rezende, da USP, reduzindo o tempo sentado em até 3 horas por dia, seriam evitadas 4% de mortes, uma redução de 2 horas representaria 2% de mortes evitadas.

Pesquisa x realidade

       No entanto, os profissionais são conscientes da dificuldade que muitas pessoas teriam de enfrentar para conseguir reduzir o tempo em que permanecem sentadas, por vários motivos, como o tempo que gastam no transporte, ou o tipo de trabalho que realizam. Mas algumas estratégias poderiam ser adotadas, como ficar de pé, ir buscar água ou café. "Uma reunião entre duas pessoas poderia ser feita caminhando lentamente", ensina o educador físico.

Fonte: USP

      

terça-feira, 19 de abril de 2016

Funai aprova estudo de demarcação de quatro terras indígenas

Terra Indígena Sawré Muybu, que totaliza 178.173 hectares
     Ainda que não há motivos a se comemorar, vale destacar algumas ações do Governo Federal em prol de um povo por tempos esquecido, eles, os índios. A Fundação Nacional do Índio, a Funai, aprovou estudos das Terras Indígenas Sawré Muybu, no Pará, Ypoi/Triunfo, no Mato Grosso do Sul, Sambaqui, no Paraná e Jurubaxi-Teá, no Amazonas. Em 2015, a Funai foi multada pela Justiça Federal de Itaituba sobre o descumprimento de uma sentença judicial que ordenava o prosseguimento  da demarcação da Terra Indígena Sawré Muybu. A multa aplicada foi de R$ 3 mil por dia de descumprimento, a contar do dia 6 de agosto do ano passado.

    A Terra Indígena Sawré Muybu tem 178.173 hectares e é de ocupação tradicional do povo Munduruku, que migraram do Alto Tapajós na segunda metade do século 20. E após um longo declínio, por conta do contato com a sociedade envolvente, essa etnia vem passando por um processo de recuperação populacional. Para eles, o local onde se situa a T.I. Sawré Muybu tem um caráter muito simbólico, pois o "Fecho", o local onde o rio se estreita, é, de acordo com a mitologia Munduruku, como o ponto de surgimento do rio Tapajós.

    Já a Terra Indígena Ypoi/Triunfo, do povo Guarani Ñandeva, possui 19.756 hectares. Eles foram esbulhados de seu território de ocupação tradicional e compulsoriamente transferidos para Reservas Indígenas. Mesmo em condições adversas de submissão, os Guarani Ñandeva nunca deixaram de acessar sua área de ocupação tradicional.

     De ocupação do povo Guarani Mbya, a Terra Indígena de Sambaqui, tem 2.795 hectares. O passado histórico da região comprovam a presença indígena e o movimento da etnia Mbya em busca e antigos territórios a costa litorânea desde 1940.

      A maior de todas, a Terra Indígena Jurubaxi-Téa, possui 1.208.155 hectares e está localizada no Amazonas. Dez grupos indígenas habitam a área. Eles ocupam a região há século. Registros de caráter mais sistemático derivam das atividades de padres Jesuítas, datados do século 17. É este o período de maior intensificação no processo de colonização. Atualmente, as atividades produtivas desempenhadas  pelos habitantes da região, notadamente extrativistas, ainda são profundamente marcadas pelo sistema de aviamento.

Fonte: Funai

segunda-feira, 18 de abril de 2016

Brasileiros são os que mais fazem amigos em viagens

     Talvez para muitos não será surpresa, mas uma pesquisa revelou que os brasileiros são os turistas que mais fazem amizades em viagens. A pesquisa foi realizada pelo Instituto TNS Sofres para uma rede de hotéis, foi aplicada em 13 países, com mais de 5.500 pessoas, de 16 a 65 anos, e que ajudaram a estabelecer a relação entre afeição, viagens e as redes sociais, ou seja, entender os vínculos entre as pessoas dentro de uma era digital.

      Dos entrevistados, 56% fizeram amigos durante uma viagem, sendo 84% dos brasileiros os mais empolgados com os novos amigos, seguidos dos chineses, com 71%, os japoneses ficaram em terceiro lugar, com 11%.

      Fenômeno crescente, as redes sociais têm sido um meio importante para manter as amizades e organizar itinerários. O estudo mostra que 45% dos viajantes disseram buscar amigos de amigos em suas redes sociais para obter boas dicas e para ter alguém conhecido por perto em caso de emergência. Mais diretos, 35% dos australianos contatam os amigos dos amigos para perguntar se podem se hospedar em suas casas durante as viagens.

A teoria dos seis graus

      A pesquisa ainda fala sobre a teoria dos seis graus de separação, na qual apenas seis pessoas separam um ser humano do outro no planeta. Quando questionados sobre Quem você gostaria de conhecer graças à Teoria dos Seis Amigos, 70% dos brasileiros disseram que gostariam de conhecer uma celebridade, preferencialmente um cantor, músico ou DJ, especialmente as mulheres.

Fonte: Nômades digitais

domingo, 17 de abril de 2016

Gatos, um mistério a ser desvendado

Um gato é capaz de pular cinco vezes a sua
altura. Ele sempre cai em pé, desde que o
tempo de queda seja suficiente para que ele
gire o corpo e se defenda da queda
   
 Há quem sinta medo, pavor e ojeriza. Mas há quem ama e venera. Gatos são admirados e venerados, e mesmo passados séculos desde o início da sua domesticação, este felino ainda desperta interesses e curiosidades.

     Os gatos possem 32 músculos que controlam suas orelhas. Ele pode girá-las a quase 180 graus, e dez vezes mais rápido que o melhor cão de guarda. A audição deles é muito mais sensível do que a dos homens e dos cães. Seus ouvidos afunilados, canalizam e amplificam os sons como um megafone. Isso os facilita ouvir até 65 khz, enquanto que os homens ouvem até 20 khz.

     A visão dos gatos é algo que surpreende. Eles podem enxergar seis vezes melhor que um ser humano à noite porque necessitam de 1/6 da quantidade de luz necessário ao home para enxergar. No entanto, eles não conseguem enxergar pequenos detalhes; vêem o mundo desfocado. Seus olhos possuem pupilas verticais que, quando totalmente abertas, ocupam uma área proporcionalmente maior do que a pupila do homem. Mas isso pode diferenciar de acordo com as espécies. Gatos de olhos azuis e pelos brancos podem ser surdos.

Hábito

      É curioso notar quando os gatos costumam esfregar o rosto em objetos e pessoas para marcar com  o seu cheiro, como uma assinatura. O odor é deixado por glândulas, que possem na parte anterior do rosto. Fêmeas esfregam o corpo em machos que querem, e também, de uma forma geral, todos se esfregam naqueles que sabem serem mais maiores e mais fortes, mas não quer dizer que os considerem superiores. É uma deferência  e um pedido de amizade.

       Muito limpos, os gatos passam cerca de 30% de sua vida se limpando, e quando se lavam, os gatos perdem quase tanto líquido quanto perdem na urina. E se tem algo que os gatos adoram fazer é dormir. Isso faz com que eles passem 15% de sua vida em sono profundo. Em sono leve, por 50% de sua vida, o que deixa apenas 35%  do tempo em estado acordado. No entanto, passam  do estado de sono profundo para acordado e alerta, mais rápido do que qualquer espécie.

sábado, 16 de abril de 2016

Festival de literatura irlandês contará com a presença de escritor brasileiro

Obra de Michel Laub irá
representar o País em Dublin
      A Biblioteca Demonstrativa Maria da Conceição Moreira Salles é a única representante brasileira para indicação de obras para o International Dublin Literary Award.  E para este ano, escolheu o livro Diário da Queda, do escritor e jornalista brasileiro Michel Laub. 

      A indicação dos livros é feita com base em alguns requisitos como: mérito literário comprovado, ser obra de ficção, do gênero romance de autor vivo e, no caso da tradução, a obra deve ter sido editada em um intervalo de cinco anos anteriores à tradução ao inglês. A Biblioteca Demonstrativa já indicou 35 autores de 2004 a 2015. Até o momento, nenhum autor brasileiro foi premiado.

      A obra de Laub trata de três gerações: o protagonista, que examina os erros de seu passado e sua luta pelo perdão; um pai com Mal de Alzheimer e um avô que sobreviveu ao campo de concentração de Auschwitz.

Sobre o Prêmio

      Criado em 1995, o International Dublin Literary Award contempla com 100 mil euros a obra escrita originalmente em inglês e, quando se trata de tradução, o auto recebe 75 mil euros e tradutor, 25 mil. O vencedor será anunciado no próximo dia 9 de junho, em Dublin. Aliás, a cidade é considerada a cidade da literatura, pela Organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultura, a Unesco.

Fonte: Ministério da Cultura

sexta-feira, 15 de abril de 2016

LER&SER: Retrato de Uma Senhora - Henry James

        Retrato de Uma Senhora, publicado pela primeira vez em 1881, é o primeiro grande romance de Henry James, e talvez sua obra máxima. Num século em que a esposa burguesa insatisfeita tornou-se um personagem literário central, e o adultério um motivo romanesco recorrente - o século da Madame Bovary de Flaubert, e de Anna Karenina, de Tolstói -, Henry James colocou em cena uma heroína singular, cuja carência essencial é de outra ordem. Com uma narrativa que, astuciosamente, começa lenta, quase contemplativa, e aos poucos se acelera, ganhando dramaticidade, James constrói sua historia como um jogo em que cada coisa se transmuta em seu oposto: liberdade em destino, afeto em traição, pureza em artimanha - e vice-versa.

       Henry James foi um escritor norte-americano, naturalizado britânico em 1915. Uma das principais figuras do realismo na literatura do século 19. Autor de alguns dos romances, contos e críticas literárias mais importantes da literatura de língua inglesa. Abandonou a carreira de direito iniciada em 1862, para se dedicar à literatura. Os últimos anos da sua vida transcorreram em absoluto isolamento na sua casa, que só deixou em 1904 para regressar brevemente aos Estados Unidos depois de 20 anos de ausência. Em 1915, com a Primeira Guerra Mundial, James adotou a cidadania britânica. Morreu aos 72 anos, pouco depois de receber a Ordem do Mérito britânica.

quinta-feira, 14 de abril de 2016

QUINTA FEMININA: A vida e a luta de Zuzu Angel

A dor da perda do filho estampou a moda de Zuzu
Angel.
      Em 5 de junho de 1921 nascia Zuleika Angel Jones, mas foi como Zuzu Angel que a estilista e ativista política brasileira ficou conhecida. Personagem notória do Brasil da época da ditadura militar, destacou-se não somente por seu trabalho inovador como estilista, mas também por sua procura pelo filho, Stuart Angel Jones, militante, assassinado pelo governo e transformado em desaparecido político. Pelo filho, Zuzu enfrentou as autoridades da época e levou sua busca a se tornar conhecida no exterior. Sua morte pelos agentes de repressão do Departamento de Ordem Política e Social - DOPS - do Espírito Santo foi confirmada, somente em 2014, por Claudio Antônio Guerra, ex-agente da repressão, durante a Comissão Nacional da Verdade.

      Como estilista, Zuzu começou a costurar e criar modelos quando ainda era criança, fazendo roupas para as primas. De Minas Gerais mudou-se para a Bahia, onde foi influenciada pela cultura daquele estado, tornando-se pioneira na moda brasileira. Nessa época conheceu o norte-americano Norman Angel Jones, com quem se casou. Seu sucesso chegou aos Estados Unidos. Zuzu misturava renda, seda, fitas e chitas com temas regionais e do folclore, com estampados de pássaros, borboletas e papagaios. Mas foi no Rio de Janeiro que, nos anos 70, com muito esforço, conseguiu abrir sua loja de roupas em Ipanema.


Mesmo depois de morto, o rosto de Stuart estampou
cartazes com o rótulo "Procurado"
       Seu filho, Stuart Jones, estudante de Economia, passou a integrar as organizações que combatiam a ditadura militar no Brasil. Preso em 14 de abril de 1971, Stuart foi torturado e morto pelo Centro de Informações da Aeronáutica e dado como desaparecido pelas autoridades. A partir daí, começaria a luta de Zuzu pela recuperação do corpo do filho, envolvendo os Estados Unidos. Aproveitando-se da moda, criou uma coleção estampada com manchas vermelhas, pássaros engaiolados e motivos bélicos. O anjo, ferido e amordaçado em suas estampas, tornou-se também o símbolo do filho. Conseguiu fazer sua historia chegar aos jornais daquele país, e suas roupas passaram a ser comercializadas nas grandes redes.

       Zuzu, com fama reconhecida, apelou a diversos políticos importantes e celebridades para que ajudassem a encontrar o corpo de seu filho. Seu caso chegou ao Senado dos Estados Unidos através de um discurso do senador Edward Kennedy. Foram anos em busca do corpo do filho, sem poder dar-lhe um enterro. E mesmo depois de Stuart morto, o governo militar espalhava cartazes com o rosto do estudante e o rótulo "Procurado".

Morte

      A busca de Zuzu só teve fim com a sua morte, ocorrida na madrugada de 14 de abril de 1976, num acidente de carro na Estrada da Gávea, à saída do túnel que hoje leva o seu nome. Em 1998, a Comissão Especial dos Desaparecidos Políticos julgou o caso e reconheceu-a como pessoa que "por ter participado, ou por ter sido acusada de participação, em atividades políticas, tenha falecido por causas não-naturais. Em seu relatório final, em 2007, a Comissão inseriu o depoimento de duas testemunhas onde afirmaram que o carro de Zuzu fora fechado por outro e jogado para fora da pista.

      Em 2013, a organização independente Wikileaks vazou um documento do governo norte-americano, datado de 10 de maio de 1976, que comentava a morte de Zuzu num desastre automobilístico e mostrava preocupação com o fato e sua repercussão no Brasil e no exterior, atentando que "para qualquer um familiar com o trânsito e em especial os túneis do Rio de Janeiro a hipótese de acidente não seja estranha", embora a hipótese de que possa ter havido "jogo sujo" por parte de forças de segurança não esteja acompanhada de evidências e seja até mesmo esperada, a hipótese não poderia ser descartada.

      Uma semana antes do acidente, Zuzu deixara na casa do cantor Chico Buarque de Hollanda um documento que deveria ser publicado caso algo lhe acontecesse, onde dizia: Se eu aparecer morta, por acidente ou outro meio, terá sido obra dos assassinos do meu amado filho.

Fonte e fotos: Wikipedia

     


quarta-feira, 13 de abril de 2016

O reconhecimento tardio da Academia à Sidney Poitier

Pelas suas escolhas, ganhou respeito do meio
cinematográfico
     Foi em um 13 de abril do ano de 1964, que o ator Sidney Poitier se tornou o primeiro ator negro a conquistar o prêmio de Melhor Ator por sua atuação no drama Uma Voz Nas Sombras (Lilies of the Field), filme no qual ele dá vida ao operário Homer Smith. Anos depois, em 2002, foi novamente o primeiro ator negro a receber um Oscar honorário pelo conjunto da obra. Vale destacar que a premiação do Oscar acontece desde 1929.

     Nascido em 1927 nas Bahamas, Sidney Poitier ingressou no Exército para fugir do frio e da fome. Depois, trabalhou como lavador de pratos. Quando tinha 23 anos, deu início a sua carreira de ator e fez o primeiro de seus mais de 50 filmes - O Ódio É Cego. Para o trabalho, recebeu 3 mil dólares.

     Durante a entrega do prêmio, o beijo que Poitier deu na bochecha da atriz branca Anne Brancoft causou polêmica na época. Sinal de que o inédito prêmio ainda não derrubaria completamente o preconceito dentro da sociedade americana; vigente até hoje.

     Eram tempos difíceis, de debates e embates. Tempos de lutas pelos direitos civis, por igualdade racial. Em agosto de 1963, Martin Luther King anunciara o seu sonho de que um dia "todos estariam prontos para dar as mãos e cantar as palavras da canção Enfim livres, livres enfim. Graças ao Deus Todo-Poderoso, nós estamos enfim livres."

1940

      Hattie McDaniel, em 1940, ganhou o Oscar como Melhor Atriz Coadjuvante pela governanta Mammy, humilde e fiel à patroa Scarlett O'Hara, em E O Vento Levou. Mas era o papel do clássico negro estereotipado. Sidney Poitier rompeu com estes padrões desde o início. Não aceitou o jogo da indústria e recusou diversos papéis de negros típicos em Hollywood. Antes de 1964, foi indicado ao Oscar de Melhor Ator em 1959, pelo filme Acorrentados.

       Depois deste 1964, 38 anos depois, outro ator negro, Denzel Washington, voltaria a ganhar a estatueta de Melhor Ator. O ano, 2002, justamente na mesma cerimônia em que Poitier foi homenageado pelo conjunto da obra.

Fonte: Efemérides - Fernando Figueira Mello 

terça-feira, 12 de abril de 2016

A importância do hábito contínuo de higiene na prevenção do H1N1

Hábitos de higiene devem fazer parte da rotina
das pessoas, e não somente em momentos de
surto da doença
      Depois do último surto de gripe provocada pelo vírus H1N1, em 2009, a Organização Mundial da Saúde, a OMS, já havia feito o alerta para o aumento de circulação do vírus no mundo. O tipo (cepa) é o mesmo que naquele ano causou a pandemia de gripe A. Por isso, os especialistas recomendam que os hábitos de higiene devem ser contínuos.

      De acordo com o professor Alexandre de infectologia da Universidade Estadual Paulista, Unesp, o brasileiro tem cultura que não perpetua bons hábitos. Ele fica bem assustado, chega a ficar paranoico quando a emergência acontece, mas a informação preventiva que ele tinha facilmente se desfaz ao longo do tempo. O H1N1 passou os anos de 2014 e 2015 um pouco mais escondido, o que agravou a situação atual. "Quando um vírus não circula por algum tempo, isso permite que a população passe a ter um número considerável de pessoas suscetíveis à infecção", explica.

       Porém, o H1N1 de agora não é mais resistente que o de antes. A cepa que circula neste momento no Brasil é idêntica a que circulou em 2009 durante a pandemia. "O aumento de casos e de óbitos se dá pela reduzida imunidade da população, porque o vírus tira proveito de uma determinada situação para circular. O período de chuvas deste ano, que não ocorreu em anos anteriores, faz com que as pessoas fiquem mais em casa ou procurem lugares fechados para se proteger. E essa concentração facilita a proliferação do vírus influenza. Hoje, temos apenas o surto, mas o estado é de alerta", argumenta o professor.

Fonte: Unesp
Ilustração; Periódicos

segunda-feira, 11 de abril de 2016

Significado de ausência em tempos de redes sociais

A palavra some e as postagens deixam de ser publicadas, mas
nem por isso você deixa de existir
      A historia é mais ou menos assim. Você fica ausente por um tempo do Facebook ou do Whatsapp. Passados dias, semanas, ou meses, por acaso você encontra um velho amigo. Aí vem a pergunta: O que aconteceu? Você sumiu, não te vejo mais no face. Então, você diz qualquer coisa para encerrar o assunto. E depois, pensa com os seus botões: sumi? Ora, continuo morando na mesma casa, e os meus telefones são os mesmos.

     Aí é que está o ponto. Depois que passamos a nos comunicar pelas redes sociais, o sumir, o ausentar-se não mais importam no mundo físico; estar ausente ou ser presente são aspectos que passaram a co-existir no mundo virtual. Acostumamo-nos ver as postagens dos amigos e isso basta para acreditarmos que esteja tudo bem com aquela pessoa. As postagens alegres nos fazem crer que o amigo passa por um bom momento em sua vida. Por vezes, a dor alheia pode nos chamar a atenção apenas quando mencionada ou postada. A partir daí, nos preocupamos. E caso tenha uma brecha na agenda, damos um jeitinho para uma visitinha ao vivo.

     Não que eu defenda a ideia de que as redes sociais devam se transformar em um divã; mensagens tristes e desabafos, de fato, não são agradáveis. Mas a bandeira que eu defendo é a de não não deixamos morrer o velho hábito da interação presencial, ou pelo menos, um alô ao final do dia, para aqueles a quem consideramos amigos. Ouvir e ser ouvido, falar e escutar, são hábitos que fazem manter laços de amizade ativos, além disso, nos tornamos mais próximos do outro.

     É fato que hoje o mundo é outro. Telegrama? Quem ainda manda? A cartinha ao amigo ficou no passado. Mas nem por isso, vamos mecanizar nossos sentimentos, tornando-nos escravos da tecnologia. Fiquei sem sinal? Deixei de existir, ou deixei de procurar o outro.

domingo, 10 de abril de 2016

Tecnologia mostra os sons dos bichos

      Um recém-criado recurso do Google pode ajudar as crianças a identificar ou aprender o som de um determinado bicho. A ferramenta funciona igualmente em dispositivos móveis e na busca pela web. Não é necessário nenhuma atualização do aplicativo para poder usá-lo.

      Para ativar, basta perguntar ao Google algo como "que som faz um cachorro?" Então o resultado aparece, mostrando o "au-au" e um botão para que o som seja escutado. Mais do que isso, o buscador oferece um carrossel com outros animais. Disponível também em português, não são todos os animais que estão disponíveis. Arara e canário, por exemplo, não foram encontrados.

      A novidade chega junto com novas mudanças apresentadas pela empresa, como um meio interativo de ensinar às crianças os sons que os animais fazem.

     
Fonte: Tudo celular

sábado, 9 de abril de 2016

Por mais salas de cinema

Spcine irá inaugurar 20 salas de cinema na capital paulista
      A cidade de São Paulo inaugurou, no último dia 30, as primeiras salas de exibição do Circuito Spcine de cinema. E a novidade não para por aí. Até junho deste ano, o circuito inaugurará mais 20 salas com equipamentos de projeção digital, sistema de som Dolby 5.1 e um pacote variado de filmes, com produções históricas e recentes da cinematografia brasileira, além de estreias internacionais. Depois de inauguradas todas as salas, a programação contará com 200 sessões semanais e expectativa de 960 mil espectadores por ano.

      Em parceria com as secretarias municipais de Cultura e Educação, o Circuito Spcine é um projeto da Prefeitura de São Paulo. O objetivo é que todas as regiões  da capital paulista integrem  o Mapa do Circuito Spcine. Entre os espaços, estão o Centro Cultural São Paulo, Cine Olido, Centro de Formação Cultural Cidade Tiradentes, Biblioteca Pública Roberto Santos, além de 15 CEUs (Centros Educacionais Unificados). Nos centros culturais, o preço do bilhete irá varia de 4 a 8 reais; e nos CEUs a entrada será franca.

Fonte e foto: Abcine

sexta-feira, 8 de abril de 2016

LER&SER: UIVO - Kaddish e Outros Poemas - Allen Ginsberg

      Lançado no outono de 1956, o longo e profético Uivo foi apreendido pela polícia de San Francisco, sob a acusação de se tratar de uma obra obscena. Depois de um tumultuado julgamento, semelhante ao que foi submetido a novela de William  Lunch, e com a defesa da União Americana pelas Liberdades Civis, o poema foi liberado pela Suprema Corte americana e vendeu milhões de exemplares. Desde então, se tornou uma fonte indispensável para todos aqueles que pretendem penetrar nas estações do inferno e iluminações de Allen Gisberg e seus companheiros hispsters, pelas estradas amplas e becos sórdidos da América.

      Junto com o On The Road de Jack Kerouac, é Uivo que marca o início do movimento Beat. Subitamente transformado numa celebridade na América, Gisberg prosseguiu produzindo num mesmo ritmo frenético até sua morte, em 1997. Este volume - que inclui o poema cult Uivo, mais Kaddish e Sanduíches de Realidade, exemplos brilhantes de poesia espontânea e em ritmo jazzístico do poeta maior da sua geração - foi originalmente editado no Brasil pela L&PM em 1984.

      Nesta reedição ele foi enriquecido com a ampliação e atualização das notas e do ensaio sobre a vida de Ginsberg produzido pelo poeta e tradutor Claudio Willer.

quinta-feira, 7 de abril de 2016

QUINTA FEMININA: Mary Quant e a sempre atual minissaia

Mary Quant diz que só adaptou a peça ao gosto das
meninas da época. A minissaia foi incorporada
ao espírito libertário da juventude
      Queridinha da maioria das mulheres. Há modelos para todos os gostos, produzidos com os mais variados tecidos. Ela é versátil e pode ser usada em todas as estações do ano. A minissaia, uma criação da estilista britânica Mary Quant, na década de 1960, nunca sairá da moda. Alguém duvida?

      Na juventude, Mary Quant, hoje uma senhora de 82 anos de idade, criava suas roupas e, aos poucos, decidiu vender as peças de sua criação. Anos depois, com o marido, abriu a loja Bazaar, em Londres.
      
      Criou, então, um diminuto pedaço de pano que mudou o guarda-roupa feminino: a minissaia. Mary era fã do carro Mini, por isso a peça ganhou esse nome. As saias de 30 centímetros de comprimento eram usadas com camisetas justas e botas altas. Em poucos anos, Mary Quant abriu 150 filiais na Inglaterra, 320 nos Estados Unidos e milhares de pontos de venda no mundo todo. A butique se tornou o símbolo da vanguarda dos anos 60 e 70.















Para receber a Ordem do Império Britânico,
evidente que ela usaria o fruto de seu
sucesso, a minissaia
       Seu nome ficou marcado como sendo a inventora da minissaia, mas há controvérsias sobre quem realmente inventou a peça. Acontece que, no mesmo ano, em 1964, o estilista André Courreges "subiu" as saias de sua coleção de verão cerca de 15 centímetros acima do joelho. Seriam as primeiras minissaias. Mas a revolução mesmo foi assinada por Mary Quant, que na mesma época radicalizou ao desenhar saias com mínimos 30 centímetros de comprimento, que deixavam toda a perna de fora e eram usadas com blusas justas (a camiseta ainda era roupa íntima), botas e meias para fazer frente ao frio londrino.

        O fenômeno se alastrou pelo mundo, para desespero das mulheres conservadoras 
     
         Em 1966, a rainha Elizabeth II a condecorou com a Ordem do Império Britânico, prêmio que ela recebeu vestindo mais uma de suas criações.

Proibição

       A saia chegou a ser proibida em países como a Holanda, e houveram protestos contra ela na França. Por outro lado, aconteceram manifestações de mulheres exigindo o direito de usá-las. Demorou uns bons anos para os tabus caírem; a revolução do maiô de 1968 ajudou neste processo.

Fonte: História da Moda
Foto: Internet

     

        

quarta-feira, 6 de abril de 2016

Estudo analisa aspectos literários da Bíblia Hebraica

A elucidação do passado do Oriente Médio antigo fornece
subsídios para uma reflexão dos conflitos étnicos e religiosos
 que vive a região na atualidade.
    Em matéria oferecida pelo curso de Língua e Literatura Judaica do Departamento de Letras Orientais, da Faculdade de Filosofia, Letras e Ciências Humanas da Universidade de São Paulo, é feita uma análise multidisciplinar das narrativas bíblicas dos cinco primeiros livros do Pentateuco - Gênesis, Êxodo, Levitico, Números e Deutoronômio - textos centrais do judaísmo e dos profetas.

     Segundo a professora que ministra o curso, Suzana Schwartz, a leitura aprofundada dos textos originais em hebraico revela o talento literário dos escritores bíblicos, que já naquela época demonstravam estar na vanguarda no uso da estética da linguagem. Eles foram responsáveis, por exemplo, pela criação da prosa, o gênero literário que expressa clareza, objetividade e simplicidade, para transmitir suas mensagens ao povo judeu. A prosa permitia que a comunicação chegasse ao interlocutor direto e sem ruído.

      Tanto a bíblia hebraica quanto os textos do Oriente Médio antigo são ricos na coleção de gêneros e formas literárias. Nos escritos bíblicos é possível notar a presença de recursos polissêmicos e semânticos do hebraico bíblico - a multiplicidade dos sentidos da palavra, a interpretação do significado de uma frase ou de uma expressão em um determinado contexto. Além do uso da prosa havia o jogo do silêncio e das pausas como recursos comunicacionais.

       No curso de Bíblia Hebraica são estudados  textos selecionados da Torá, que narram a historia da população judia israelita desde sua origem como grupo familiar passando por tribos e monarquia até chegar à escravização deles pelo Egito e posterior libertação. Para a professora, estudar os originais da Bíblia Hebraica amplia os horizontes do conhecimento e proporciona uma melhor compreensão da formação das culturas ocidental e oriental.     

Fonte: USP