Rosalie Duthé foi considerada uma loira dotada de pouca inteligência |
Muitos, ou quase todo aquele que reproduz a "brincadeirinha", nem sequer sabe onde e como surgiu a máxima de julgar a mulher loira como uma pessoa "burra". O poeta romano Propércio (Sextus Aurelius Propertius - 43 a.C - 17) criticou severamente as mulheres que alteravam a cor de seus cabelos no século I a.C. Dizia-se, na época, que clareavam seus cabelos para imitar as gaulesas e germânicas, mulheres de povos bárbaros, considerados estúpidos. "Muitos males cercam a jovem que estupidamente pinta seu cabelo com falsa cor." Os bárbaros eram tidos como um povo ignorante e selvagem, portante, se parecer com elas - as mulheres - seria uma burrice.
De acordo com a Ecnyclopedia of Hair, o mito vem da biologia. Fios louros são comuns em crianças e tendem a escurecer quando crescemos. Portanto, cabelos claros são associados com infantilidade, ingenuidade, e menos habilidade com a linguagem. Outros atribuem o conceito moderno a uma cortesã francesa chamada Rosalie Duthé, que era conhecida por ser bonita, mas de "cabeça vazia" e incapaz de manter uma conversa coerente. Nascida no ano de 1748, serviu de companhia para reis franceses e a nobreza europeia. Duthé era muitas vezes solicitada para retratos, incluindo nus parciais e totais, muitos dos quais ainda existem em museus e coleções particulares.
Chegando aos dias atuais, uma pesquisa realizada pela Universidade de Queensland na Austrália, revela que as loiras têm salários 7% maiores do que mulheres com outra cor de cabelo. Segundo David Johnston, coordenador do estudo, a associação entre loiras e beleza prevalece sobre qualquer esteriótipo de que elas sejam menos inteligentes.
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