domingo, 31 de janeiro de 2016

WhatsYapp: o aplicativo de mensagens para os cães

Aplicativo pretende estreitar a comunicação entre os
pets e seus donos
      A tecnologia chegou para ajudar os cães e seus donos a se comunicarem. Como assim? Desenvolvido por uma empresa britânica, um aplicativo pretende ajudar os donos a entender o comportamento de seu pet. Você já se perguntou por que a cabeça de seu cachorro está inclinada para um lado? Ou por que ele está latindo sem uma razão aparente? A mais nova invenção é uma espécie de coleira que analisa sons, movimentos e atividades de um cão e, em seguida, diz ao dono o que o animal está pensando, através de um aplicativo de smartphone.


Se fosse possível, talvez os cães
fariam várias perguntas a seus
donos, como a ilustração acima
     Os criadores acreditam que o WhatsYapp é o sistema de comunicação mais avançado entre cães e seres humanos. Eles dizem que o aplicativo pode ainda identificar as emoções importantes nos animais de estimação, como estresse, a fome, a emoção, o tédio e confusão.

      Em entrevista à revista News Week, Rachel Comerford, chefe comercial da empresa, diz que nem sempre quando um animal abana a causa significa que ele esteja feliz; pode ser um sinal de ansiedade. Por isso, o aplicativo pode ajudar os donos a entenderem melhor o comportamento dos peludos, do que ele gosta e o que o estressa. Com isso, os donos poderão adequar a rotina visando o bem-estar do animal.

     Por enquanto, o aplicativo foi pensado apenas para estudar o comportamento de cães. Caso o  WhatsYapp seja eficaz, a empresa pretende desenvolver uma versão para gatos.





Fonte: News Week
Foto:Diário Gaúcho
Ilustração: Internet

sábado, 30 de janeiro de 2016

O 30 de janeiro e o fim dos Beatles

A última apresentação aconteceu no alto de um prédio, algo
totalmente inusitado
     O dia 30 de janeiro marca um dos episódios mais tristes da historia da música. Foi no ano de 1969 que os Beatles realizaram a última apresentação antes de se separarem. O início do fim da banda começou com um projeto cinematográfico que documentaria a realização da próxima gravação do grupo, Get Back. Durante as sessões de gravação, a banda realizou sua última apresentação ao vivo no último andar do edifício da Apple Corps, em Londres, na tarde fria daquele 30 de janeiro. A maior parte da apresentação foi filmada e, posteriormente, incluída no filme Let It Be

     A ideia de tocar no telhado do prédio foi de John Lennon. O concerto parou  a rua inteira do prédio e, rapidamente, o lugar ficou lotado de pessoas. Os Beatles tocaram  durante quarenta minutos até a polícia local interferir pedindo que abaixassem o volume dos instrumentos. 

     Em março de 1970, a sessão de fitas de Get Back foram entregues ao produtor americano Phil Spector, que tinha produzido o compacto solo de Lennon. Paul MacCartney anunciou publicamente a dissolução  em 10 de abril de 1970, uma semana antes do lançamento de seu primeiro álbum solo. Embora legalmente a parceria não foi dissolvida até 1975.

Especulações

     O motivo do fim da banda ainda é muito discutido e pode ser descrito com uma série de eventos. A morte do empresário do grupo, Brian Epstein, em 1967, deixou um vazio no grupo. O empresário foi o homem mais influente no lançamento  e na promoção da popularidade do grupo no mundo inteiro. E tinha poder para manter o grupo reunido e mediar determinados conflitos que o quarteto viesse desenvolver entre si, mantendo-se na postura de ser a última palavra, a última decisão.

     Outro fator de desavenças no grupo foi porque as composições de Harisson ganharam maturidade a partir de 1965, e tornaram-se mais atraentes em suas qualidades. Gradualmente, os outros membros reconheciam seu talento como compositor, mas cada vez mais George começou a se frustrar pelo fato de a maioria de suas ideias e canções terem como fim a rejeição, gerando desavenças, inclusive entre Lennon e MacCartney, até então os únicos compositores do grupo.

      Com o tempo, os integrantes foram assumindo comportamentos autônomos. Paul via interesse no esitlo pop e nas tendências da Grã-Bretanha e dos Estados Unidos. Lennon tendia à música introspectiva e experimental. E Harrison, por sua vez, estava cada vez mais entusiasmado com a música indiana. Além disso, cada membro começou a desenvolver uma agenda cujos eventos exigiam cada vez mais individualidade.

Yoko Ono

      Havia um acordo na banda de que suas namoradas e esposas não interferissem nos estúdios. Mas John Lennon que já havia conhecido e se interessado pela artista nipo-americana Yoko Ono, cada vez mais sentiu a necessidade de que ela entrasse nos processos de produção dos Beatles, uma vez que sua produção artística crescia sob a influência de Yoko. Divididos, há fãs que a culpam pelo fim do grupo. Por outro lado, há os que acreditam que sua presença não era nenhum problema.

     Quaisquer que sejam ou foram os motivos, os Beatles podem ter acabado oficialmente em 1969, mas para os milhões de fãs, a banda nunca acabará. 

Fonte: Wikipedia
Foto: Site dos Beatles

sexta-feira, 29 de janeiro de 2016

LER&SER: Uma Noite e Nada Mais - Whitney G.

     Nesta série, a autora best-seller do The New York Times e do USA Today, Whitney Gracia Willians, mistura os mundos do Direito e da dança em uma narrativa apaixonante e erótica que vai fazer o leitor rir, chorar e querer (sempre) um pouco mais.

     Andrew Hamilton é um advogado extraordinário que só se envolve com mulheres que conhece pela internet. Sua astúcia e beleza, porém, preservam um segredo do passado - aquilo que fez dele o que hoje é. 

    Seu lema com as mulheres é simples e direto: "Uma noite e nada mais". Até o dia em que uma mulher especial entra em sua vida, fazendo-o rever suas convicções sobre relacionamentos e virando seu mundo de pernas para o ar.

quinta-feira, 28 de janeiro de 2016

QUINTA FEMININA: Christa McAuliffe: a primeira mulher civil a viajar ao espaço

Quando jovem, ela acreditava que um dia as pessoas
estariam indo para a Lua. "Um dia, eu quero pegar um
ônibus espacial. Assisti a Era Espacial, e eu quero
participar"
      Em 1984, a Agência Espacial Norte-Americana, a NASA, tinha o objetivo de selecionar um educador ao espaço para que de lá ele desse aulas às crianças americanas, através do programa chamado Um Professor no Espaço. Dentre 11 mil professores dos Estados Unidos que responderam ao chamado da NASA, a professora de Historia Sharon Christa MacAuliffe, então com 36 anos, foi a escolhida. Entretanto, a missão STS-51-L nem chegou a ser colocada em prática porque o ônibus espacial Challenger explodiu no ar durante o lançamento, no dia 28 de janeiro de 1986, matando Christa e os outros seis tripulantes.

    Além de Christa, a professora Barbara Morgan também foi selecionada, mas neste caso para ser a reserva de Christa, pois todos os astronautas têm um reserva que treinam junto com ele e participam das mesmas tarefas, simultaneamente, sendo preparados para substituí-lo caso este tenha algum problema. As duas passaram um ano sem dar aulas, com os salários pagos pela NASA, permanecendo em treinamento para a missão.

     No dia do lançamento, além da família de Christa, milhões de crianças em telões instalados nos colégios dos Estados Unidos viram a nave explodir no ar 73 segundos após o lançamento. O acidente causou uma comoção nacional. 

      Anos depois, Barbara Morgan, a reserva de Christa, formou-se astronauta em 1998 e participou da missão STS-118 do ônibus espacial à Estação Espacial Internacional em 2007. E de lá, deu ao vivo a mesma aula que Christa McAullife daria 21 anos antes.

     De acordo com o jornal New York Times, como professora de Historia, Christa enfatizou o impacto das pessoas comuns sobre a historia, quando dizia  que qualquer um  era tão importante para o registro histórico como reis, políticos ou generais.

Fonte: Wikipedia
Foto: Internet

     

quarta-feira, 27 de janeiro de 2016

Os mitos e as verdades sobre dietas

     A constante luta contra a balança faz parte da rotina de muitas pessoas. Semanas de controle para se perder alguns poucos quilos, que facilmente são recuperados em questão de dias. O grande problema é que muitas dicas ou crenças sobre a melhor forma de perder peso não dão o resultado esperado. E é aí que muitos desistem de seguir em frente com o propósito de perder peso. 

     Sem dúvida, a melhor maneira de combater os quilos em excesso é fazer mudanças a longo prazo e modificar o estilo de vida, porque leva a uma perda de peso permanente. "O ideal é que o corpo perca de 0,5 a 1 quilo por semana", explica a médica Lucy Chambers, especialista em alimentação da Fundação Britânica de Nutrição.

     Há uma crença generalizada de que certos alimentos, como chá verde, repolho, pimentas, entre outros, ajudam a queimar ou eliminar gorduras. No entanto, de acordo com a Fundação Cardíaca Britânica, não existe um tipo de comida que tenha propriedades especiais de queimar a gordura em excesso no corpo.

    Outro mito muito difundido é a de que comer à noite engorda, o que não procede, mesmo porque a hora em que se consome um alimento não determina o aumento de peso, e sim as calorias. Se são consumidas calorias  em excesso, mais do que o corpo necessita, ganha-se peso, não importa se for pela manhã, à tarde ou à noite. Aliás, essa tese é defendida tanto pelo Centro de Saúde da Universidade de Virgínia Ocidental, nos Estados Unidos, quanto a publicação americana WebMD.

      Lucy Chambers explica que uma dieta de emagrecimento deve conter pelo menos 35% de gordura, não sendo indicado um regime baixo em gorduras ou que elimine totalmente o consumo de gorduras. Mas vale deve-se ficar atento ao tipo de gordura a ser consumida, substituindo a gordura saturada pela insaturada, já que esta ajuda a reduzir o colesterol  no sangue, substância ligada ao risco de doenças cardíacas e derrames cerebrais.

      Mas nem todos os produtos oferecidos no mercado com baixo teor de gordura ajudam a perder peso, pois eles costumam conter quantidades maiores de amido, sal e açúcar para compensar o sabor que os alimentos perdem quando é retirada determinada quantidade de gordura.

      E para aqueles que pretendem incluir atividades físicas ao novo estilo de vida, é melhor tomar cuidado com os exageros, porque exercícios físicos intensos e prolongados não são o único caminho para perder peso. Até mesmo as atividades físicas de baixa intensidade também consomem calorias. Uma simples caminhada, ou atividades domésticas rotineiras costumam levar a bons resultados.

Fonte: Sociedade Brasileira de Cirurgia Plástica
Ilustração: sougg.blogspot.com

terça-feira, 26 de janeiro de 2016

Smartphone, um aliado para a economia doméstica

Vários são os aplicativos que podem facilitar a vida daqueles
que enfrentam dificuldades de colocar as contas em dia
     Vivemos no mundo dos aplicativos, porque muito além de um meio de se comunicar, o celular agora serve de estratégia para pesquisar preços e promoções. Foi o que apontou estudo da agência Nova/sb para medir popularidade. No Brasil, os cariocas (35%) foram os que mais usaram o celular para diminuir gastos, ficando acima da média nacional (31%). Para estudar o perfil do consumidor brasileiro no ano passado, a Nova/sb contratou a Ilumeo, que ouviu mais de 7.500, de todas as regiões do Brasil, entre novembro de 2014 e novembro de 2015.

     Depois do Rio de Janeiro, São Paulo é o segundo estado onde os consumidores utilizaram o aparelho na economia doméstica, ficando um pouco abaixo dos cariocas, com 34%, seguidos do Paraná, Goiás e Santa Catarina. Por último, com 23%, ficou o estado do Rio Grande do Sul.

     Bob Vieira da Costa, sócio-fundador da agência, avalia que o consumidor do País está mais atento às possibilidades de economia, sobretudo em momentos de crise. Ou seja, ninguém quer abrir mão de ter um smartphone e utilizá-lo como estratégia de economia. Há ainda perfil de brasileiros que optou por atrasar contas de consumo, como luz, água e manter a conta de celular em dia para não perder oportunidades de ofertas. Bob Vieira também é o autor do livro Comunicação de Interesse Público - ideias que movem pessoas e fazem um mundo melhor. 

Os assuntos mais populares

     Em uma segunda pesquisa, a agência conseguiu definir os 18 assuntos mais populares do Brasil em 2015. Então, verificou-se que o brasileiro também se interessou por assuntos que estão diretamente relacionados à estratégias de consumo, como: compras do mês, programas de milhagens, comércio por dispositivos móveis, comparadores de preços e créditos em banco. Além disso, outros assuntos como: localização de ciclofaixas, consumo de álcool para menores de idade, descriminalização da maconha e combate à homofobia, também despertaram o interesse do brasileiro.

Fonte: Portal Administradores
Imagem: Veja

segunda-feira, 25 de janeiro de 2016

Qual o tom das cenas da sua vida?

Diante do roteiro da vida, você pode ser o diretor da historia e
escolher o tom que dará a cada cena
     Maria da Penha é seu nome. Vive ou sobrevive de doações e venda de recicláveis que coleta pelas ruas da cidade e transforma em alguns trocados para ajudar na renda da família. Aliás, foi por causa desse modo de vida, que conheci a dona Maria da Penha. Agradecida pela minha doação, riu ao dizer seu nome. Você nunca vai se esquecer do meu nome, que tem a ver com aquela lei. E não irei, dona Maria da Penha.

    A caminho de casa, pensei: quantas pessoas conseguem debochar da própria vida? Pelos anos de sofrimento, talvez dona Maria tenha bem menos idade do que o seu corpo revela. Mas estou certa de que estes anos que a vida lhe tomou, dona Maria da Penha os gastou com amores frustrados e perdidos. E hoje vê graça na vida, sem ao menos ter ideia de que é mais uma vítima dentre tantas mulheres que motivaram a elaboração de tal lei. 

     Ao longo de toda a sua vida houveram dores, houveram lágrimas. Mas com o tempo, dona Maria, diante de uma historia já escrita, dona Maria, enquanto diretora da própria vida, deu às cenas de seu filme de terror, tons de comédia. 

     Desde que nascemos, o roteiro da nossa vida apresenta todos os gêneros de filmes. Nesses momentos, não somos os donos da historia, não somos os roteiristas. Vivenciamos o drama, diante de perdas daqueles que amamos. E a comédia da vida tenta amenizar os momentos tristes. 

     Diante da violência das grandes - e por que não, pequenas também - cidades nos remetem aos filmes de faroeste. Estamos cercados de bandidos, e diante de tais, somos os mocinhos da historia. Muito embora, muitos faroestes da vida real terminam como filmes de terror. Romance? Temos sim, e de todos os tipos, mas a maioria não termina com o famoso e batido "viveram felizes para sempre". E quando apimentamos as relações, somos atores e atrizes dos filmes proibidos para menores de 18 anos. 

     Muito embora você possa não ser o autor da sua própria história, você pode escolher dirigir cada cena, e dar a ela um tom mais ou menos dramático, mais ou menos romântico, mais ou menos violento, mais ou menos cômico. E por que não, mais ou menos erótico? Depois de muitos anos de percalços, provavelmente dona Maria da Penha já tenha encontrado o tom a dar às cenas de sua vida. E com elas, esteja em busca do almejado final feliz para o seu filme. Portanto, você já escolheu qual tom dará às cenas da sua historia?

    

     

domingo, 24 de janeiro de 2016

O hábito de beijar os cães pode não ser tão ruim

Especialistas garantem que é mais fácil adquirir uma doença
ao beijar um humano do que um cachorro
        Parte considerável dos donos de animais de estimação costumam relacionar-se de modo muito próximo de seus pets. E para demonstrar todo o amor e carinho que sentem por eles, o hábito de beijá-los torna-se tão corriqueiro quanto um singelo afago na cabeça. O que para muitas pessoas pode soar como uma atitude nojenta e repugnante, cientistas do Estado norte-americano do Arizona acreditam que esse hábito faz bem à saúde dos humanos, uma vez que os micróbios escondidos no intestino dos cães têm um poder probiótico no corpo de seus tutores. 

     O sistema digestivo humano tem mais de 500 tipos de bactérias, tanto "boas" quanto "ruins". Probióticos são sempre considerados bons ou úteis porque ajudam a manter o intestino saudável e auxiliam na digestão da comida. Além disso, acredita-se que eles sejam importantes para o sistema imunológico. Um exemplo de alimentos probióticos são os iogurtes.

     Os pesquisadores concluíram que, vez ou outra, não faz mal deixar ser beijado por um cachorro, o que irá ajudar a repor os micro-organismos do bem em seu corpo. O estudo sobre este fato tem importantes objetivos: os humanos têm feito um ótimo trabalho eliminando as bactérias ruins do corpo mas, por outro lado, o uso de antibacterianos em excesso tem eliminado as bactérias boas do organismo, sendo assim, nossos amiguinhos peludos podem ajudar a repor estes micro-organismos.

     De acordo com médico Charles Raison, responsável pelo estudo, os cães podem funcionar como probióticos  para realçar a saúde das bactérias que vivem em nosso intestino.

Uma boca tão imunda quanto à humana

     Tanto a boca dos cachorros quanto a boca do humano são igualmente imundas, cada uma a sua própria maneira. Marty Becker, autor do livro Chicken Soup for the Dog Owner's Soul, explica que muitas das bactérias presentes na boca do cachorro são de espécies distintas, não causando dano ao homem. Ou seja, é mais provável ser infectado  por uma doença séria ao beijar um humano do que um cachorro.

     No entanto, é sempre bom manter a saúde do animal sob controle, principalmente deixando em dia as vacinas,  pois a saliva canina pode transmitir alguns germes. 

Fonte: Portal Dog e Geração Pet

sábado, 23 de janeiro de 2016

Patrocínio: benefício seletivo na cultura

Adaptações de produções da Broadway têm mais chances de
receber incentivos da Lei Rouanet
    Pesquisa da Escola de Comunicações e Artes, da Universidade de São Paulo, constatou que, em 2011, dos R$ 159 milhões destinados pelo Ministério da Cultura ao patrocínio de peças de teatro, via isenção fiscal da Lei Rouanet, R$ 45 milhões estão concentrados em oito musicais adaptados de produções da Broadway. A Lei Rouanet estabelece as normas para o patrocínio de produções culturais por meio de isenção fiscal.

     As grandes empresas, em busca de repercussão positiva na mídia, apoiam espetáculos com artistas consagrados da televisão e que evitem temas considerados polêmicos, como o uso de drogas e armas. E mais, 80% do total de investimento público federal às artes é realizado via Lei Rouanet, na prática faz com que o destino de boa parte desses recursos públicos seja decidido pelos critérios de mercados das empresas. Em resumo: quem dita as regras do jogo são os departamentos de marketing.

    O estudo, fruto de investigação do jornalista Vinícius Mizumoto Mega, ressalta que, uma vez obedecidos todos os critérios de cadastramento dos projetos por parte do Ministério da Cultura, eles são encaminhados à Comissão Nacional de Incentivo à Cultura, onde pareceristas avaliam se as previsões orçamentárias estão compatíveis com as necessidades de cada produção. E uma vez aprovados, os projetos podem ser encaminhados às empresas para escolherem quais receberão apoio. Para as empresas, essa escolha é baseada, principalmente, na visibilidade midiática do projeto, nos vínculos com o público-alvo da empresa e na relação custo-benefício para os negócios. 

      Portanto, segundo o pesquisador, dificilmente pequenas produções com atores desconhecidos terão financiamento. As empresas preferem investir em espetáculos com maior público em potencial, e as comédias são um bom exemplo dessa prática do mercado. Não há uma política cultural efetiva que permita o apoio oficial á produção artística de jovens da periferia.

     A reforma da Lei Rouanet está em discussão no Congresso Nacional. A ideia é que o Estado aumente o investimento direto na área cultural, por meio de uma adoção orçamentária específica para o Fundo Nacional de Cultura. O projeto já foi aprovado pela Câmara dos Deputados em abril de 2014, mas ainda não tem uma data para ser votado no Senado.

Fonte: Agência USP

sexta-feira, 22 de janeiro de 2016

LER&SER: "O Que Há de Estranho Em Mim" - Gayle Forman

     Gayle Forman é autora de Eu Estive Aqui e Se Eu Ficar. Seus livros já venderam 9 milhões de exemplares no mundo. Na primeira ficção de sua carreira - que lembra o premiado Um Estranho No Ninho -, Gayle Forman narra a corajosa saga de cinco garotas presas em um centro de tratamento residencial.

     Ao internar a filha numa clínica, o pai de Brit acredita que está ajudando a menina, mas a verdade é que o lugar só lhe faz mal. Aos 16 anos, ela se vê diante de um duvidoso método de terapia, que inclui xingar as outras jovens e dedurar as infrações alheias para  ganhar a liberdade. Sem saber em quem confiar e determinada a não cooperar com os conselheiros, Brit se isola. Mas não fica sozinha por muito. Logo outras garotas se unem a ela na resistência àquele modo de vida hostil, e se tornam seu oásis em meio ao deserto de opressão.

     Juntas, as cinco amigas vão em busca de uma forma de desafiar o sistema, mostrar ao mundo que não têm nada de desajustadas e dar fim ao suplício de viver numa instituição que as enlouquece. 

quinta-feira, 21 de janeiro de 2016

QUINTA FEMININA: A voz e a solidão de Maysa

Os inesquecíveis olhos verdes da "bad girl"
Maysa, aos 16 anos de idade
     Ela cantou o amor. Ela viveu o amor em toda a sua plenitude. E por amar demais, entrou num processo de depressão. Um acidente de carro, matou, há 39 anos, uma das mais importantes vozes femininas da música brasilera. Foi ela, Maysa Figueira Monjardim, ou apenas Maysa. De família tradicional, Maysa era neta do Barão de Monjardim, que foi presidente da província do Espírito Santo por cinco vezes. 

     Aos 12 anos de idade, compôs sua primeira música, Adeus. Dona de uma personalidade forte, Maysa implorou aos pais que a tirassem do colégio  religioso, alegando que as freiras a estavam deixando louca. Abandonou os estudos depois de repetir por duas vezes o 2º ano ginasial. Quando tinha 18 anos de idade, casou-se com o empresário,  André Matarazzo, para desespero da tradicional família paulistana, dona de uma das maiores fortunas do mundo. O marido era vinte anos mais velho que Maysa. Passou a assinar Maysa Monjardim Matarazzo, com quem pouco tempo depois teve um único filho, Jayme Monjardim, diretor de cinema e telenovelas. Desquitou-se do marido três anos depois, em 1957 e voltou a usar o nome de solteira, causando um grande escândalo na época. A carreira de cantora passou a ter para ela mais importância do que família. O filho foi criado num colégio interno e depois pela madrasta. 

     Em 1956, quando ainda estava casada, Maysa foi convidada pelo produtor Roberto Côrte-Real para gravar um disco, durante uma reunião familiar. O álbum, com suas composições, foi gravado após o nascimento do filho. Logo, começou a fazer sucesso nas rádios paulistas e cariocas, para descontentamento do marido. Foi contratada da TV Record, e gravou seu segundo disco.

     No ano de sua separação, no prêmio Os Melhores do Ano, foi apontada como Maior Revelação Feminina, A Melhor Compositora e Melhor Letrista. O Clube de Cronistas  lhe concedeu o prêmio de Melhor Cantora do Ano. Em 1958, foi premiada com o Troféu Roquette Pinto. A consagração veio com as canções Ouça e Meu mundo caiu.

Com uma brilhante carreira no exterior,
Maysa foi a primeira cantora brasileira
a cantar no Japão. E aplaudida de pé no
Olympia, em Paris, ao cantar "Ne me
quitte pas". Ousada, cantou em perfeito
francês para os franceses
     Sua agitada vida de cantora foi marcada por muitas viagens, muitos amores e o excesso no consumo de álcool. Mudou-se para o Rio de Janeiro, e lá lançou seu terceiro disco Convite para ouvir Maysa nº2, considerado pela crítica, musicalmente, irretocável. Seus discos eram campeões de vendas. Ainda em 1958, ela se tornaria a melhor e mais bem paga cantora do Brasil. Interpretações tristes e letras altamente românticas, que falavam sobre amores acabados, angústias e sofrimentos, Maysa passou a ser uma grande expoente desse gênero.

     A carreira internacional teve início na década de 1960, se apresentando em vários países, além de aderir ao Movimento da Bossa Nova, com o qual pode expandir referências musicais, sendo uma das responsáveis por lançar o estilo no exterior, junto a um de seus amores, o compositor Ronaldo Bôscoli. Foi também a primeira cantora brasileira a se apresentar no Japão. Sua vida passou a ser permeada  por escândalos, tentativas de suicídio, namoros relâmpagos e até um grave acidente de carro. Casou-se com o empresário espanhol Miguel Azanza. Separada, manteve um caso com o maestro Julio Medaglia, quando viajou para Buenos Aires. Casou-se também com o ator Carlos Alberto. Além de outros casos de amor que teve ao longo da vida.

     Maysa era uma mulher alegre, expansiva, bem humorada e muito perspicaz. Mas que tinha momentos de profunda tristeza, solidão e angústia. Ela dizia ter uma série de complexos, quando remoía velhas amarguras e caía em profundo desespero

     Em 1970, seu quarto disco não obteve muito sucesso, foi então que ela investiu na carreira de atriz de teatro e novelas, chegando inclusive a ganhar prêmios.

Fim da carreira

    Após algumas temporadas se apresentando em boates cariocas, a partir de 1972, Maysa  já não era mais a maior cantora do Brasil. Afastada  do meio artístico, vai morar em uma casa de praia, localizada no município de Maricá, litoral fluminense. Vivendo cada dia mais solitária, adotando um estilo hippie. Convivia com a natureza do local e seus vários animais. Lá, morou até o fim da vida. Durante esse período, quase não gravou nem fez shows.

     No fim da tarde do dia do casamento de seu filho, e acometida por uma depressão, pegou seu carro e foi para Maricá, quando um acidente automobilístico na Ponte Rio-Niteroi deu fim à sua vida. Em uma de suas últimas anotações, registrou: Hoje é novembro de 1976, sou viúva, tenho 40 anos.

Fonte: Wikipedia e Obvious Mag
Fotos: Rádio EBC
           Novelas e Curiosidades

quarta-feira, 20 de janeiro de 2016

Brasil tem quatro cientistas entre os mais brilhantes do mundo

Paulo Artaxo é  bolsista de produtividade em pesquisa
do CNPq
      Ainda que o número seja pequeno, mas é sempre uma boa notícia saber que tem brasileiro se destacando mundo afora. Levantamento da agência  Thomson Reuters elencou os pesquisadores mais citados em artigos científicos entre os anos de 2003 e 2013. Quatro dos 3.126 indicados são brasileiros, são eles: Paulo Artaxo, Ado Jorio, Adriano Nunes-Nesi e Álvaro Avezum.

     Paulo Artaxo é membro do Departamento de Física da Universidade de São Paulo, na área de Geociências. É membro do Comitê de Assessoramento de Física e Astronomia da entidade vinculada ao Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação. 
Assim como o professor Paulo, Ado Jorio
também é bolsista em produtividade pelo CNPq

      Ado Jorio é professor de Física da Universidade Federal de Minas Gerais, e membro do Comitê de Astronomia da instituição. Adriano Nunes-Nesi é especialista e professor de Ciências das Plantas e dos Animais da Universidade Federal de Viçosa e membro do Comitê de Assessoramento de Botânica.

     Especialista em Medicina Clínica do Instituto de Cardiologia  Dante Pazzanese, Álvaro Nezum é o único dos indicados a não ter ligação do CNPq.

    O relatório The World's Most Influential Scientific Minds 2015 contabilizou cerca de nove milhões de pesquisadores. Os números correspondem aos cientistas cujos artigos foram os mais citados ao longo de um período de 11 anos, entre 2003 e 2013.

Fotos: A Crítica e UFMG

terça-feira, 19 de janeiro de 2016

Suécia é o país com maior porcentagem de ateus

Quanto maior o nível de instrução e menor os índices de
violência de um país, mais pessoas declaram não acreditar
em Deus
     Enquanto que no Brasil, os seguidores das mais diversas religiões brigam entre si, na busca de convencer ao outro a sua verdade, na Suécia o clima talvez seja mais pacífico, pelo menos nesse quesito. Lá, 85% da população não tem nenhuma  crença ou não acredita em Deus.

     Esse foi o resultado da pesquisa Ateísmo: Taxas e Padrões Contemporâneos, do sociólogo norte-americano Phil  Zuckerman. Segundo ele, os suecos aprendem sobre cada uma das religiões na escola e são livres para escolher seguir ou não uma delas. E isso se repete na maioria dos países com alto índice de ateísmo. Vale lembrar que o estudo engloba ateus, agnósticos e não-crentes em Deus e o ranking é baseado na porcentagem populacional de cada país. Ateus negam a existência de Deus, enquanto que os agnósticos garantem não ser possível provar a existência divina.

      O Vietnã ocupa a segunda colocação, onde 815 da população declara não acreditar em Deus. No entanto, o budismo e o taoismo, religiões comuns por lá, são vistos como uma tradição e, não crença.

     Um levantamento da Organização das Nações Unidas aponta que países com boa taxa de alfabetização tendem a ser mais descrentes. Como a Dinamarca, onde 80% da população não creem em Deus. E a Noruega, com 72%.

      Em 2008,o pesquisador britânico  Richard Lynn concluiu que países com alto QI são mais ateus. É o caso da população japonesa, que mantém média de 105 - uma das mais altas já registradas. Por lá, o índice de pessoas que se dizem ateus é de 65%. Depois aparece a República Tcheca, com 61%; França, com 54% e, Coréia do Sul, com 52%.

Fonte: Mundo Estranho

segunda-feira, 18 de janeiro de 2016

Quando o doente é o médico

Suicídio entre os médicos é uma ocorrência comum. A
depressão é uma das principais causas
      O que você vai ser quando crescer? A pergunta, ainda que em tom despretensioso, é feita por adultos quando em contato com uma criança; muitas vezes como forma de iniciar uma conversa. Sem saber, esse hábito já estimula a criança, desde cedo, ter em mente que a escolha da profissão é uma momento importante para ela. Até chegar na fase adulta, várias serão as áreas pelas quais ela irá demonstrar interesse ao longo de cada fase da vida. Muitas vezes até por influências de terceiros, que ditam suas preferências, teorizam sobre profissões viáveis e oportunas e pré-julgam aquelas que passam menos status. 

      E quando chega o momento da escolha, o que menos pesa - porém o que deveria ser o fundamental - é se o candidato realmente sente-se atraído afetivamente pela área escolhida. Para isso, é importante tentar buscar respostas para questões que vão muito além do retorno econômico que a profissão poderá render ao futuro profissional.

      Ainda no topo das escolhas, para muitos a Medicina é uma área que continua despertando interesse, além de sinônimo de status. Alguns pais sentem-se aliviados por conseguirem tirar do filho a opção por uma área "com menos glamour", digamos assim, que ele desejava há tempos. Médico ganha bem, professor passa fome. Focados no aqui e agora, de fato eles têm razão; mas intimamente, o filho não tem tanta certeza.

       A incerteza na escolha, somada à falta de visão da profissão, podem ser uma das razões pelas quais o suicídio entre os médicos é muito comum. É preciso entender a área médica como um todo. A falta de cuidado com a saúde mental leva médicos à depressão, dependência química e ao suicídio.

      No livro Médico como Paciente, a autora em psiquiatria Alexandrina Meleiro acredita que a autossuficiência é a palavra que pode sintetizar a dificuldade que o médico tem de procurar ajuda quando adoece. "Sentimentos como onipotência e vergonha fazem com que muitos profissionais assumam a automedicação. As consequências são variadas, mas quando o assunto é saúde mental, vemos a categoria amargar incidência alta de dependência química, depressão e taxa de suicídio", afirma a autora e membro da Associação Brasileira de Psiquiatria e coordenadora da Comissão de Estudos e Prevenção de Suicídio da ABP, e também membro do Grupo de Atenção da Saúde Mental do Médico.

      Para o coordenador da Comissão de Atenção à Saúde Mental dos Médicos e membro emérito da Academia Mineira de Medicina,  José Raimundo da Silva Lippi, a falta de condições de trabalho, excesso de carga horária, tensão da relação médico-paciente, são alguns dos fatores que aumentam a vulnerabilidade do médico em relação a outras profissões. "É alguém que convive com a frustração de não ter conseguido salvar uma vida. As vezes, por imaturidade ou por se considerar um 'semi-deus' sofre mais do que os outros", avalia. De acordo com  ele, a depressão é a doença mental mais comum entre a classe. A autora do livro chama a atenção para um problema ainda maior. "Os médicos se suicidam  cinco vezes mais que a população em geral. Os mais vulneráveis estão na faixa etária de 35 a 50 anos.

Versões para o suicídio

     De modo geral, o suicídio é um tema tão complicado que é estimado um número duas ou três vezes maior em razão da subnotificação ao registrar a causa da morte. Quando uma pessoa comete um suicídio, existe uma tendência entre os médicos não registrar o suicídio como causa da morte. Geralmente registra-se a causa externa da internação, como por exemplo, queda de altura, envenenamento, intoxicação exógena (excesso de remédios). Segundo Alexandrina Meleiro, a razão por essa subnotificação pode ser também em razão dos seguros de saúde e de vida não cobrirem situações de ato voluntário contra a própria vida.

      No entanto, um levantamento de atestado de óbitos feito pelo Conselho Regional de Medicina do Estado de São Paulo, o Cremesp, mostrou que quando a profissão da vítima era a medicina, a palavra suicídio aparecia. Uma das hipóteses é que, por se tratar de um colega, o rigor da notificação é maior.

Realidade norte-americana

      Segundo a Fundação Americana para a Prevenção do Suicídio, 300 a 400 médicos cometem suicídio a cada ano, cerca de um médico por dia. A formação médica envolve inúmeros fatores de risco para a doença, tais como  transição de papéis, diminuição do sono, traumas, mortes, doenças, tragédias e muitos outros acontecimentos inerentes à sua vida profissional. Um conjunto de testes demonstrou que a residência médica, os estágios e outras formas de treinamento médico, são de alto risco no que concerne a depressão e pensamentos suicidas.

      Todas as profissões têm seu "lado B". Analisar e estudar as várias questões que envolvem a área pretendida pode prevenir frustrações futuras. 

Fonte: Sites UAI



     

domingo, 17 de janeiro de 2016

Para relaxar, música clássica para os bichanos

Composições de Handel são as músicas preferidas dos felinos
     Se você é fã de rock, melhor pensar duas vezes antes de compartilhar seu gosto musical com o seu bichano. Um estudo feito com gatos mostrou que eles, os felinos, preferem relaxar ao som de música clássica. A música clássica tem o mesmo poder de relaxar os felinos tanto quanto consegue relaxar os humanos.

     E mais do que frescura de donos, a terapia é importante principalmente quando os gatos estão se recuperando de processos cirúrgicos. O médico veterinário português Miguel Carreira diz que a todo instante a música tem um papel fundamental em sua clínica, sendo a preferida dos bichanos, as composições de George Frideric Handel.

     Os médicos estudaram doze gatos submetidos à procedimentos de castração, e foram colocados nos animais fones de ouvidos. Durante o processo, os profissionais gravaram o tamanho das pupila dos gatos e suas respectivas taxas respiratórias. Primeiro, eles foram expostos à dois minutos de silêncio. Na sequência, aos mesmos dois minutos para cada um dos seguintes estilos: clássico, pop e heavy metal. Com isso, eles perceberam que o tamanho da pupila dos gatos e as taxas respiratórias variavam de acordo com o estilo musical. O metal pesado de AC/DC produziu um estado muito mais estressante nos bichanos, enquanto que a clássica manteve-os relaxados. Os resultados com a música pop ficou no entre o rock e o clássico.

     Os pesquisadores acreditam que o estudo pode ser importante para determinar a quantidade de anestesia a ser administrada durante as cirurgias. Ou seja, colocar música clássica durante o procedimento pode levar à redução das doses necessárias da anestesia; o que é uma coisa boa.

Fonte:Flingibs
Foto: Metamorfose digital

sábado, 16 de janeiro de 2016

A história das histórias em quadrinhos

The Yellow Kid, a primeira história em quadrinho de que
se tem notícia
     Há exatos 87 anos, foi publicada a primeira tirinha do super-herói mais conhecido de todos os tempos: o super-homem. Mas a historia das historias em quadrinhos começou bem antes, em 1895. Gênero muito popular entre crianças e adolescentes, a primeira história em quadrinho, ou HQ, de que se tem notícia no mundo foi criada pelo artista norte-americano Richard Outcault, The Yellow Kid.

     A linguagem das HQs, como conhecemos atualmente, com personagens fixos, ações fragmentadas e diálogos dispostos em balõezinhos de texto, foi inaugurada nos jornais sensacionalistas de Nova York com as tirinhas do desenho em questão, e fez tanto sucesso que acabou sendo disputada nos jornais de renome. A partir daí, o gênero ganhou espaço.

     Desde que surgiram, as HQs foram consideradas como uma má-influência para as crianças e adolescentes. Isso aconteceu em virtude das temáticas abordadas, que fugiam às narrativas convencionais. O modo como as histórias eram contadas provocou grande estranhamento e as impressões iniciais sobre as HQs transportaram a arte sequencial para o submundo das artes, onde permaneceu até a década de 60, quando invadiu o universo acadêmico e ganhou a simpatia de estudantes e professores.

      De um modo geral, as histórias em quadrinhos sempre retrataram as aventuras dos super-heróis. Mas já teve caso em que a narrativa foi utilizada para retratar acontecimentos reais. Em 1992, o americano de origem judia Art Spiegelman ganhou o primeiro Prêmio Pulitzer, destinado ao gênero, ao contar a historia de seus pais, sobreviventes de um campo de concentração de Auschwitz, durante a Segunda Guerra Mundial.

     As histórias em quadrinho constituem um gênero diferente, combinando duas formas de arte: a literatura e o desenho. Não são literatura, mas uma forma diferente de arte e, por isso, tão interessantes.

Fonte: Mundo Educação

sexta-feira, 15 de janeiro de 2016

LER&SER: O Valor do Riso e Outros Ensaios - Vírgínia Woolf


      Em trabalho primoroso, o crítico e poeta Leonardo Fróes selecionou e traduziu 28 ensaios de Virgínia Woolf, a maior parte inédita no Brasil. Os textos foram produzidos entre 1905 e 1940, publicados originalmente como artigos para jornais e revistas com as quais Virgínia colaborava. Neles, é possível verificar o mesmo talento da ficcionista, agora aplicado a outro gênero, através do qual vemos uma Virgínia mais mundana, voltada para os movimentos exteriores: eis aqui uma observadora afiada, resenhista destemida, além de crítica perspicaz e militante. Em Mulheres e ficção, por exemplo, a autora avalia a evolução da escrita feminina em paralelo à própria libertação da mulher. Em Batendo pernas nas ruas: uma aventura em Londres, a compra de um simples lápis se transforma numa forte experiência de abertura ao mundo. Há também ensaios que traçam perfis de mulheres fascinantes, das mais conhecidas, como  Janes Austen, Sara Bernhardt e Dorothy Wordsworth - até as esquecidas Lady Elizabeth Holland e Louise de La Valiére. Em outros textos, Virgínia trata - e muitas vezes põe em xeque - dos ofícios das letras; é o caso de Como se deve ler um livro?, O leitor comum, A arte da biografia, Resenhando e os corajosos Ficção moderna.

quinta-feira, 14 de janeiro de 2016

QUINTA FEMININA: Maria Lenk: a primeira brasileira no Hall da Fama da natação

A natação fez parte de sua vida dos
10 anos até o último dia de sua vida,
quando faleceu aos 92 anos de idade
     Filha de imigrantes alemães que vieram imigraram para o Brasil, Maria Emma HulgaLenk Zigler nasceu em 15 de janeiro de 1915, e foi a principal nadadora brasileira. Pela sua dedicação ao esporte, tornou-se a única mulher do país a ser introduzida no Swimming Hall of Fame, em 1988. 

     A natação entrou na vida de Maria Lenk quando ainda era muito criança. Com a saúde comprometida por uma pneumonia, as primeiras nadadas aconteceram no Rio Tietê - em 1925, o rio não era poluído. Na época, não haviam piscinas onde a promissora atleta pudesse treinar. Aos dezessete anos, já era uma atleta de nível internacional. Foi a primeira mulher sul-americana a competir em Olimpíadas, nos Jogos de Los Angeles, de 1932. Detalhe: a viagem dela e dos outros 68 atletas da equipe brasileira foi custeada pela iniciativa dos próprios atletas em vender café no porão do navio.

     Maria Lenk não chegou a ganhar medalhas, mas foi a responsável pela introdução do nado borboleta, nas Olimpíadas de Berlim, em 1936. Três anos depois, durante a preparação  para os Jogos Olímpicos de Tóquio, quebrou dois recordes mundiais individuais, sendo a primeira e única brasileira a fazê-lo.

Seus feitos a colocaram no Hall da Fama
da Natação
     Os planos para as Olimpíadas do ano seguinte tiveram que ser interrompidos por conta da Segunda Guerra Mundial, gerando uma grande decepção. Maria Lenk era a favorita para ganhar e se tornar a primeira mulher medalhista de ouro. Este feito só foi alcançado 68 anos depois, com a saltadora Maureen Maggi.

      No início dos anos 40, é a única mulher da delegação de nadadores sul-americanos que excursiona pelos Estados Unidos. E lá, quebra doze recordes norte-americanos e aproveita sua estadia para concluir o curso de Educação Física na Universidade de Springfield. Em 1942, ajudou a fundar a Escola Nacional de Educação Física do Brasil, atual Universidade Federal do Rio de Janeiro, a URFJ.

     No campeonato mundial da categoria 85 a 90 anos, realizado no ano 2000, ela voltou de Munique  com cinco medalhas de ouro. Em 2003, lançou o livro Longevidade e Esporte, que mostra os benefícios trazidos pela prática do esporte. Maria Lenk faleceu aos 92 anos de idade, por parada cardiorrespiratória, após exercitar-se na piscina do clube Flamengo.

Fonte: Wikipedia

quarta-feira, 13 de janeiro de 2016

Os esteriótipos que se perpetuam ao longo do tempo

 
Rosalie Duthé foi considerada uma loira dotada de
pouca inteligência
    U
m dia alguém faz um comentário, outra pessoa o repete e, de repente, os esteriótipos são criados. Quem não fez, ou já ouviu uma piada que associa a mulher loura com a falta de de inteligência? Dita em tom de brincadeira e, por vezes, até aceita no mesmo tom, a piadinha só acaba reforçando o imaginário masculino de menosprezo à mulher, quando se aproveita do tal esteriótipo enraizado na sociedade.

     Muitos, ou quase todo aquele que reproduz a "brincadeirinha", nem sequer sabe onde e como surgiu a máxima de julgar a mulher loira como uma pessoa "burra". O poeta romano Propércio (Sextus Aurelius Propertius - 43 a.C - 17) criticou severamente as mulheres que alteravam a cor de seus cabelos no século I a.C. Dizia-se, na época, que clareavam seus cabelos para imitar as gaulesas e germânicas, mulheres de povos bárbaros, considerados estúpidos. "Muitos males cercam a jovem que estupidamente pinta seu cabelo com falsa cor." Os bárbaros eram tidos como um povo ignorante e selvagem, portante, se parecer com elas - as mulheres - seria uma burrice.

     De acordo com a Ecnyclopedia of Hair, o mito vem da biologia. Fios louros são comuns em crianças e tendem a escurecer quando crescemos. Portanto, cabelos claros são associados com infantilidade, ingenuidade, e menos habilidade com a linguagem. Outros atribuem o conceito moderno a uma cortesã francesa chamada Rosalie Duthé, que era conhecida por ser bonita, mas de "cabeça vazia" e incapaz de manter uma conversa coerente. Nascida no ano de 1748, serviu de companhia para reis franceses e a nobreza europeia. Duthé era muitas vezes solicitada para retratos, incluindo nus parciais e totais, muitos dos quais ainda existem em museus e coleções particulares.

     Chegando aos dias atuais, uma pesquisa realizada pela Universidade de Queensland na Austrália, revela que as loiras têm salários 7% maiores do que mulheres com outra cor de cabelo. Segundo David  Johnston, coordenador do estudo, a associação entre loiras e beleza prevalece sobre qualquer esteriótipo de que elas sejam menos inteligentes.

terça-feira, 12 de janeiro de 2016

Mecanismo pode ajudar na locomoção de deficientes visuais em ambientes pequenos


    Um dos sentidos utilizados pelos morcegos - a ecolocalização - que os auxilia a detectar obstáculos e se orientar durante o voo, agora pode ajudar deficientes visuais. Pesquisadores do Instituto de Ciências Matemáticas e de Computação, do campus de São Carlos da Universidade de São Paulo criaram um mecanismo para orientar a locomoção do usuário em ambientes internos. 

      Um dispositivo eletrônico, que pode ser facilmente carregado pelo usuário, utiliza sensores de ultrassom para detectar obstáculos e, por meio de um software de processamento de áudio tridimensional, produz sons que "parecem" vir de determinada direção e distância. A fonte sonora, na verdade, é virtual: o áudio espacial é produzido por meio de fones de ouvido, de modo que o usuário tem apenas a sensação de que o som vem de algum lugar ao seu redor. De acordo com o professor Francisco José Monaco, do Departamento de Sistemas de Computação do ICMC, responsável pelo projeto, a técnica é chamada orientação espacial psicoacústica  e auxilia o usuário a evitar paredes e outros obstáculos enquanto caminha.

     Em uma primeira etapa, um protótipo foi produzido para avaliar quais técnicas são adequadas. Na etapa atual, o sistema está sendo aprimorado com o uso de tecnologias mais sofisticadas e pretende-se realizar testes mais precisos com deficientes visuais. Ainda não há estimativa de inserção do dispositivo assistivo no mercado, ainda que os resultados sejam promissores, porque ainda são necessárias mais pesquisas. 
     

segunda-feira, 11 de janeiro de 2016

Diferentona? Não, apenas alheia ao mundo dos memes

     Não sei vocês, mas vez ou outra - ou vez e sempre - leio comentários no Facebook sobre assuntos que eu não faço ideia do que se trata. Isso não significa viver alheia ao cotidiano, ou de assuntos de interesse geral. Mas, me refiro ao mundo dos tais "memes". Se você desconhece um tema sobre o qual todos estão falando, pode ter certeza de que você vive num mundo paralelo. Você é o diferente...ou a diferente. Por que não, a diferentona?

     Pois bem, é sobre esse adjetivo, que nem mesmo os dicionários reconhecem como uma palavra existente, que nos últimos dias me senti vivendo no tal mundo paralelo. De uma hora para outra, choveram hastags antecedidass pela palavra diferentona. Mas, como diriam os portugueses, que raios isso significa? O primeiro meme de 2016 nada mais é do que um texto que ironiza frases ditas por pessoas  que acham que apenas elas fazem ou dizem alguma coisa.

     Não se sabe ao certo como o meme tornou-se mais um viral nas redes sociais. Sabe-se que uma usuária, revoltada com pessoas que se acham exclusivas, tuitou o que seria o início do viral. A mensagem, publicada no final de novembro, foi amplamente repercutida nos últimos dias, contando com mais de 23 mil retweets. Além disso, uma página no Facebook sobre o tema já conta com mais de 300 mil curtidas. 

domingo, 10 de janeiro de 2016

Sim, é diabetes!! E agora?

Tratamento da diabetes
canina consiste no uso da
insulina de uso veterinário
     Semana passada, descobrimos que Kate,  minha cadela da raça labrador, que tem 8 anos de idade, está com diabetes. Nem desconfiávamos que pudesse ser a doença, diante dos primeiros sintomas que ela apresentou há pouco mais de um mês: beber muita água, urinar várias vezes ao dia e perder peso repentinamente. O resultado? Uma taxa de glicose de 325mg/dL, quando os valores normais de glicemia variam de 70mg/dL a 110mg/dL.

     Por mais que saibamos que eles, os animais, têm rins, pâncreas, fígado, estômago, e demais órgãos que nós, seres humanos, temos, fica um pouco difícil imaginar que a doença - tão comum entre os homens - seja tão comum nos peludos. Ainda mais porque parte da comunidade científica costuma associar que nos homens a tal doença é causada também por questões emocionais. Cães ficam magoados? Sentem tristeza? É provável que sim, mas talvez o modo como lidam com estas situações seja bem diferente da maneira como nós lidamos. De todo modo, a doença aparece, ou melhor, apareceu.

     O Diabetes Melitus é muito comum em cães adultos e idosos. Ela é causada tanto pela diminuição da produção de insulina quanto pela diminuição de sua ação. A insulina é um hormônio produzido pelo pâncreas que auxilia a mover a glicose do sangue para as células do corpo, onde é utilizada para produzir energia. Parece haver vários fatores que contribuem para o desenvolvimento do diabetes em cães. E nas fêmeas, com idades que variam  dos 7 aos 9 anos, parecem estar em um grupo de maior risco.

     Caracterizada pelas altas doses de glicose no sangue e na urina, o diabetes é uma das desordens hormonais mais comum nos cão, e quase sempre requer tratamento com insulina, para regularizar os níveis de glicose no sangue. Além disso, é importante a mudança na dieta e exercícios físicos. Os medicamentos orais que algumas pessoas diabéticas utilizam no tratamento não são úteis em cães.

     No entanto, o controle das dosagens de insulina só podem ser feitos mediante prescrição médica. As doses variam de acordo com o estágio da doença e o peso do animal. Doses erradas podem causar graves problemas, inclusive levar o animal ao óbito.

sábado, 9 de janeiro de 2016

9 de Janeiro, uma importante data para o circo

No século 19, o circo chegou aos Estados Unidos
     Da forma como conhecemos hoje, no dia 9 de janeiro de 1768, o inglês Philip Astley apresentou o primeiro circo moderno, com seu picadeiro circular e a reunião das atrações  que compõem o espetáculo, com acrobatas, palhaços e animais treinados. Nascido no ano de 1742, este inglês é considerado o pai do circo, pois foi o primeiro a sistematizar a ideia de circo como um show de variedades assistido por um público pagante.

     Além de variedades circenses, encenou pantomimas e hipo-dramas. O hipo-dramas, ou drama equestre, tinha o cavalo como atração principal. Eram encenações grandiosas de lutas e guerras, especialmente as Napoleônicas. Entre guerras e nacionalismos, o hipo-drama se aproximou da poética romântica em dois aspectos: a historicidade e a subjetividade cindida em dilemas sociais e morais. 

     Com o sucesso, Astley incorporou ao espetáculo vários outros artistas e, sua companhia passou a apresentar-se em Paris. Nessa época, o domador Antoine Franconi ingressou na companhia de Astley. A instabilidade  causada com os arroubos da Revolução Francesa, em 1789, forçou o inglês a abandonar a França. Com isso, Franconi se tornou um dos maiores  circenses da França. Com o passar  do tempo, a tradição itinerante dos artistas circenses motivou a expansão das companhias de circo.

     Na Europa, até metade do século 20, o circo sofreu um período de grande retração. As guerras mundiais, ambas protagonizadas em solo europeu, e as crises econômicas da época impuseram uma grande barreira às artes circenses. Ao mesmo tempo, o aparecimento do rádio e da televisão também inseriu uma nova concorrência no campo de entretenimento.

Fonte: Historia do mundo
Foto: Internet

sexta-feira, 8 de janeiro de 2016

LER&SER: "Blog:Comunicação e Escrita Íntima na Internet" - Denise Schittine

     Em tempos onde público e privado estão cada vez mais próximos; onde pessoas expõem diariamente nas redes sociais informações pessoais, este ensaio de Denise Schittine cai como uma luva. O livro fala de um fenômeno típico de nosso tempo. A jornalista investiga o fenômeno dos blogs, os atuais diários íntimos na internet, e faz uma pertinente observação sobre a invasão do espaço privado pelo público, tanto por esse meio de comunicação como em programas de televisão, como o Big Brother e outros do gênero reality show.

      A jornalista constata que os blogs vêm pouco a pouco substituindo os velhos diários de papel. Mas com uma característica bem peculiar. Os blogs, que na maioria das vezes tratam de detalhes da vida privada de seus autores, não existiriam se não fosse a presença de um público-leitor, que opina constantemente sobre a vida do blogueiro. É o contrário do diário tradicional, que sobrevive somente com o olhar de seu autor.

     O blog supõe comentários, influências de um leitor. Por isso, é muito interessante, porque pratica um novo tipo de discurso e memória. Uma memória tecida com os fios fornecidos pelo outro.