"A principal revolução desses novos medicamentos é que eles garantem um percentual de cura inimaginável se comparada aos tratamentos do passado, quando a chance de cura variava entre 50 e 70%. É uma mudança que reduzirá a carga de hepatite C para uma nova geração, que praticamente poderá pensar em eliminar a doença no futuro. Outra vantagem é que o novo tratamento poderá ser usado em pacientes que não obtiveram sucesso com nenhum dos outros tratamentos ofertados", explica o secretário de Ciência, Tecnologia e Insumos Estratégicos do Ministério da Saúde, Jarbas Barbosa.
Os pacientes com Hepatite C crônica poderão ter acesso a esses medicamentos até o final do ano, que serão adquiridos de maneira centralizada pelo Ministério da Saúde para a distribuição aos estados. A publicação da portaria que comunicará a inclusão dos medicamentos no Sistema Único de Saúde, o SUS, tem previsão de ser publicada já na próxima semana.
A doença
A Hepatite C é causada pelo vírus HCV. A transmissão ocorre, dentre outras formas, por meio de transfusão de sangue, compartilhamento de seringas, lâminas de barbear e depilar, alicates de unha, além de outros objetos que furam ou cortam, bem como na confecção de tatuagem e colocação de piercings. A transmissão via sexual é pouco frequente, mas pode ocorrer.
No Brasil, estima-se que 1,4 e 1,7 milhão de pessoas podem ter tido contato com o vírus, sendo a maior parte na faixa etária dos 45 anos ou mais, justamente porque até o início de 1990 não existiam testes capazes de detectar o vírus da Hepatite C em transfusões de sangue e os procedimentos de biossegurança em atendimentos médicos e odontológicos eram muito menos rigorosos que os atualmente empregados. E muitos desconhecem que estão infectados, porque a Hepatite C é uma doença silenciosa. Por isso, o Ministério da Saúde recomenda que toda pessoa com mais de 45 anos faça o teste para detectar o vírus da Hepatite C, disponível no SUS.
Fonte: Ministério da Saúde
Ilustração: Hepcentro
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