segunda-feira, 22 de junho de 2015

Projeto revitaliza áreas da Santa Casa de Valinhos

Trabalho voluntário ajudou na requalificação das áreas
Ambientes hospitalares, de modo geral, não são agradáveis. Paredes cinzas, que compõem uma arquitetura de concreto e com pouco ou quase nada de verde para contrapor com o aspecto frio e sombrio. Nas primeiras décadas do século 20, profissionais da área da saúde investiram em ambientes funcionais de trabalho, dando ênfase à implantação de equipamentos de alta tecnologia, sem se preocupar com o grau de conforto proporcionado pelo ambiente físico. Mas isso é uma característica que pode mudar com o tempo, porque trabalhos científicos classificaram estes espaços como estressantes e inadequados em razão de não observarem as carências emocionais e psicológicas dos usuários; aquele que já não está bem, fica ainda pior diante do cenário.

Orientada pelo professor do Departamento de Ciências Florestais, Demóstenes Ferreira da Silva, a arquiteta e urbanista Léa Yamaguchi Dobbert propôs a direção da Santa Casa de Valinhos, interior de São Paulo, a recuperação do local por meio da implantação de componentes arbóreos e vegetação, requalificando as áreas livres existentes entre as áreas de internação. E o motivo foi além do profissional. Quando internada na própria Santa Casa, Léa sentiu falta de um espaço não só agradável, mas saudável, para realizar as caminhadas orientadas pelo médico, sendo obrigada a caminhar nos corredores escuros e com pouca ventilação.

Depois do trabalho feito, através da doação de viveiros de plantas, a pesquisadora realizou entrevista com 596 usuários dos espaços analisados, a fim de verificar o grau de conforto térmico e bem estar. E os benefícios puderam ser constatados através dos relatos. "O paciente, já fragilizado pelo estado em que se encontra, quando tem um ambiente mais aconchegante e familiar, certamente se sente mais calmo, o que reflete de forma direta em sua saúde", avalia a arquiteta.

Fonte: Agência USP 

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