Estudo foi feito com mais da metade das cidades do Brasil |
Comparados a prefeitos que já estão em segundo mandato e que, por isso, não podem se reeleger, os prefeitos em primeiro mandato gerem os gastos públicos de maneira diferente. O prefeito que pode se reeleger cobra menos imposto, porque o imposto é impopular. Para estes, o valor dos impostos municipais pagos por habitante é, em média, igual a R$ 82,50 em anos eleitorais, e igual a R$ 84,15 em anos não eleitorais. Ao passo que para prefeitos em segundo mandato ocorre o oposto: o valor dos impostos municipais pagos por habitante é, em média, igual a R$ 83,75 em anos eleitorais e igual a R$ 82,85 em anos não eleitorais.
A maior diferença na gestão de prefeitos de primeiro e segundo mandato ocorre durante o ano eleitoral. É no último ano do primeiro mandato que ela fica mais evidente, com a chamada manipulação oportunista; aquela com fins eleitorais.
Investimentos marketeiros
Para fazer investimentos públicos e manter a responsabilidade fiscal das contas da prefeitura, o gestor corta gastos correntes como o material de consumo e pagamento de terceirizados. E estes investimentos geralmente são obras de visibilidade, como construção de creches e escolas, asfaltamento, ciclofaixas, entre outros.
Reeleição
Diante da atual discussão a cerca da Reforma Política, para o professor, a pesquisa ajuda a trazer mais informações para o debate sobre reeleição. A atual proposta extingue a reeleição e prevê a extensão de cinco anos para cargos do executivo. A sociedade precisa analisar a reeleição e saber os custos que isso pode acarretar.
Fonte: Agência USP
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