domingo, 28 de fevereiro de 2016

Urubus são utilizados para encontrar lixões clandestinos

Parte dos urubus foram resgatados, enquanto que os demais
foram capturados em suas colônias
      Ave um tanto quanto desprezada, os urubus são considerados repugnantes por conta da sua natureza: habitar os lixões e devorar carniça; muito embora essa prática já ajudou a humanidade destruindo poderosas bactérias. E aproveitando-se deste instinto, o Peru passou a usar os urubus para detectar depósitos clandestinos de lixo.

     Os urubus-de-cabeça-preta voam pela capital peruana, Lima, equipados com GPS e levam câmeras GoPro para registrar os lixões em que se alimentam.

     A ideia nasceu a partir de um projeto de pesquisa da Universidad Nacional Mayor de San Marcos, de Lima, sobre a vida dos urubus. Os pesquisadores precisavam de equipamentos eletrônicos para monitorar os urubus. E o Ministério do Ambiente, por sua vez, precisava de uma forma de alertar os moradores de Lima sobre o problema de lixo da cidade.

     No total, dez urubus fazem o trabalho de vigilância. As aves passaram por exames médicos rigorosos, receberam os equipamentos e foram liberados. Desde então, voam por toda a cidade de Lima. Suas asas largas permitem que voem por até quatro horas seguidas para encontrar comida, como restos de alimentos e animais mortos. Em terra, uma equipe da universidade recebe e analisa em tempo real as informações que as aves enviam. Com isso, reúnem informação sobre sua vida social, deslocamentos, hábitos de alimentação, como fazem ninho e como descansam.

     

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