Marcadores químicos indicarão atestar a procedência da bebida |
Por esta razão, desde 1990, diversos grupos de pesquisa tentam desenvolver marcadores químicos que possam tanto tipificar a cachaça nacional quanto traçar a sua origem geográfica: a região e o estado em que é produzida. A ideia também é defendida pela entidade da classe. O Instituto Brasileiro da Cachaça, a Ibrac, tem interesse em utilizar esses marcadores para classificar a produção nacional e alavancar as exportações. Segundo a Ibrac, o Brasil produz 700 milhões de litros de cachaça por ano, com movimentação de R$ 1,4 bilhão, sendo o total exportado de apenas 10 milhões de litros.Isso equivale a U$ 17 milhões.
Certificado de Origem
Assim como ocorre com a produção vinícola, uma vez garantidos os marcadores químicos, será possível outorgar aos produtores da cachaça artesanal um Certificado de Origem. Um passo já foi dado pelos pesquisadores do Laboratório para o Desenvolvimento da Química da Aguardente, do Instituto de Química de São Carlos da Universidade da Universidade de São Paulo, campus São Carlos, com o apoio da Fundação ao Amparo e Pesquisa, a FAPESP. A equipe já desenvolveu marcadores químicos para verificar várias propriedades.
Os perfis químicos das amostras refletem a produção de cachaça de uma estação do ano específica, por isso que os resultados obtidos não podem ser extrapolados para todos os anos de produção, devido às variações de clima e do regime de chuvas de um ano para o outro. O objetivo final é conseguir certificar a origem da cachaça produzida em todas as regiões do Brasil.
Fonte: Agência FAPESP
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