domingo, 7 de fevereiro de 2016

A polêmica em torno do exercício da medicina veterinária

Impedido de consultar gratuitamente, Ricardo Fehr pretender
criar uma ONG e dar continuidade nos atendimentos
     Em nota divulgada no site do Conselho Regional de Medicina Veterinária, e diante dos casos veiculados na mídia, a entidade informa que exerceu sua competência legal e fiscalizou a clínica veterinária de propriedade do médico Ricardo Fehr Camargo, e constatou algumas irregularidades.

     De acordo com o órgão, o estabelecimento estava funcionando de forma irregular com os artigos 27 e 28 da Lei  n.º 5.571/68, não possuindo registro neste órgão de classe, assim como averbação de médico veterinário responsável técnico. O médico veterinário Ricardo Fehr é registrado no CRMV e, por isso, deve seguir toda a legislação pertinente à atuação, notadamente o Código de Ética Profissional, que proíbe, em seus artigos 21 e 22, a prestação e divulgação de serviços gratuitos, exceto em casos de pesquisa, ensino ou utilidade pública.

    O Conselho Regional de São Paulo esclarece que ações de utilidade pública são aquelas realizadas por entidades sem fins lucrativos como, Organizações Não-Governamentais, instituições públicas ou entidades e empresas a elas conveniadas, tendo apoio do Conselho, quando sua finalidade estiver vinculada ao atendimento de animais carentes

Entenda o caso

     O médico Ricardo Fehr foi proibido pelo CRMV de atender animais de pessoas carentes em sua clínica na cidade de São Carlos, interior de São Paulo. O veto foi comunicado no último dia 30 e provocou revolta nas redes sociais depois que o médico publicou um vídeo relatando o caso. De acordo com ele, foram atendidos cerca de 50 animais em dois sábados. Porém, no dia 30, uma fiscal do CRMV foi até o local e determinou a suspensão do atendimento.

      "Como eu percebi que aos sábados, o movimento da clínica era tranquilo, decidi abrir as portas para atender essas pessoas", declarou  o médico á Folha de S. Paulo. Mas os atendimentos só aconteciam depois que os animais eram cadastrados e os donos comprovassem a condição social.

      O médico pretende criar uma ONG para a partir daí dar prosseguimento ao atendimento gratuito aos animais de famílias carentes. Além disso, irá providenciar a regularização de sua clínica médica.

Fonte: Conselho Regional de Medicina Veterinária
           Folha de São Paulo
Foto: Catraca Livre

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