Em outubro, Lygia Fagundes Telles, poderá ser a primeira escritora brasileira a ganhar um Nobel de Literatura |
A autora, que está com 92 anos, tem obras traduzidas para inúmeras línguas, como inglês, alemão, espanhol, francês, italiano, polonês e sueco. Seus romances foram adaptados também para o cinema, teatro e televisão.
Formanda em Direito, conheceu nos bares e cafés do Largo São Francisco, em São Paulo, intelectuais da era modernista, como Mario e Oswald de Andrade e o crítico de cinema e ensaísta Paulo Emílio Salles Gomes - seu segundo marido. Entre suas diversas obras premiadas estão o livro de contos O Cacto Vermelho (1946), Historias do Desencontro e Antes do Baile Verde (1970). Este último, vencedor do Grande Prêmio Internacional Feminino para Estrangeiros, na França. E com As Meninas (1973), Lygia conquistou o Prêmio Jabuti. Em 2005, recebeu o Prêmio Camões pelo conjunto da obra.
Pablo Neruda, Mario Vargas Llosa e Gabriel García Marquez estão entre os autores latino-americanos que já receberam o Prêmio. Nenhum brasileiro ganhou até hoje um Nobel. O anúncio do vencedor do Nobel de Literatura deve ser feito em outubro deste ano, na sede da Academia, em Estocolmo, na Suécia.
Biografia
Em 1923, nascia Lygia de Azevedo Fagundes. Em 1938, dois anos depois da separação dos pais, Lygia publicou o seu primeiro livro de contos, Porão e Sobrado, com a ajuda de seu pai com o pagamento da edição e assinando como Lygia Fagundes. No ano seguinte, terminou o curso da escola Caetano de Campos e ingressou na Faculdade Superior de Educação Física, também em São Paulo. Nessa mesma época, frequentou o curso pré-jurídico, preparatório para a Faculdade de Direito do Largo São Francisco, para só então iniciar o curso em 1941, depois de concluir o curso de Educação Física.
Depois de já ter conhecido os modernistas Mario e Oswald de Andrade e Paulo Emílio Salles Gomes, entre outros nomes, escreveu para os jornais Arcádia e A Balança.
Em 1950, casou-se com o jurista Goffredo da Silva Telles Jr., seu professor na Faculdade de Direito, e assim passou a assinar Fagundes Telles em seu sobrenome. Mudou-se para o Rio de Janeiro, então sede da Câmara Federal, quando seu marido elegeu-se Deputado Federal. Em 1954, nasceu seu primeiro filho.
Em 1960, separou-se do marido e ainda formalmente casada, reatou o romance com Paulo Emílio Salles Gomes, o que gerou um escândalo na época. Em 1977, viúva, assumiu a presidência da Cinemateca Brasileira, fundada pelo marido.
Fonte: Conexão Planeta
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