sábado, 31 de outubro de 2015

Banco de venenos? Sim, ele existe

Amazônia, Caatinga, Cerrado, Mata Atlântica, Pantanal e
Pampa foram de onde saíram as mais de 200 mil espécies
de animais contabilizados pelo Brasil
     O nome parece estranho. Mas o Brasil conta com um Banco de Venenos, localizado no interior de São Paulo, no campus Botucatu, da Universidade Estadual Paulista, a Unesp. Em setembro de 2013, o Centro de Estudos de Venenos e Animais Peçonhentos (CEVAP), deu um importante passo em seu processo de consolidação como referência nacional na área da pesquisa, quando se estruturou para ser a primeira opção aos cientistas que precisavam guardar moléculas extraídas de toxinas animais. A partir daí, foi criado o primeiro banco de venenos no Brasil.

     O armazenamento de moléculas extraídas de toxinas animais (cobras, escorpiões, aranhas) foi viabilizado graças a um credenciamento feito junto ao Conselho de Gestão do Patrimônio Genético - órgão veiculado ao Ministério do Meio Ambiente e ao Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade. 

     Além de armazenar, o banco de venenos serve de instrumento de consulta de pesquisadores de todo o país. Àqueles que desejam realizar pesquisas científicas com algum tipo de veneno podem fazer a solicitação junto ao CEVAP.

     As moléculas de venenos são obtidas por meio de extração minuciosa realizada pelos pesquisadores do Centro. Todos os procedimentos obedecem à normas e padrões a fim de garantir a preservação das espécies. O Brasil conta com um registro de mais de 200 mil espécies. Estima-se que esse registro possa chegar a mais de um milhão e oitocentas mil espécies.

Fonte: Unesp

sexta-feira, 30 de outubro de 2015

No Dia do Livro, leia!

A data marca a fundação da Biblioteca Nacional do Rio de
Janeiro
     Em 29 de outubro, comemora-se o Dia do Livro, pois foi neste dia, no ano de 1810, que ocorreu a transferência do acervo da Real Biblioteca Portuguesa para a recém-criada Biblioteca Nacional do Livro, no Rio de Janeiro, fundada pela Coroa Portuguesa. Os mais de sessenta mil objetos, dentre eles, medalhas, moedas, livros, manuscritos e mapas, foram primeiramente, acomodados em salas do Hospital da Ordem Terceira do Carmo para depois seguirem para o destino final.

     Naquela época, até o ano de 1914, para consultar o acervo daquela que se tornou a primeira biblioteca brasileira, era necessário autorização prévia. Hoje, a Biblioteca Nacional do Rio é considerada uma das dez maiores do mundo pela Organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultura, a UNESCO. O acervo atual é calculado em 9 milhões de itens.

Os primeiros livros

     Após a criação da prensa tipográfica por Johannes Gutenberg, nos idos 1400, foi possível a publicação do primeiro livro em série, que ficou conhecido como a Bíblia de Gutenberg. A obra foi apresentada em 642 páginas e a primeira tiragem foi de duzentos exemplares. Essa invenção marcou a passagem da era medieval para a era moderna.

     O Brasil começou a editar seus próprios livros ainda em 1808, quando D. João VI fundou a Imprensa Régia. O primeiro livro editado foi Marília de Dirceu, escrito por Tomás Antonio Gonzaga. Na época, o imperador do Brasil fazia uma leitura prévia dos mesmos a fim de liberar ou não o seu conteúdo; ou seja, os primórdios da censura.

     Em 1925, o escritor e autor Monteiro Lobato fundou a Companhia Editora Nacional, trazendo grandes possibilidades de crescimento editorial para o Brasil. E é por causa de Monteiro Lobato, que no dia 18 de abril, em razão de seu nascimento, comemora-se o Dia Nacional do Livro Infantil. E em homenagem ao escritor catalão Miguel de Cervantes, foi criado na Espanha, o Dia Internacional do Livro, comemorado no dia 24 de abril, aniversário do escritor. 

Fonte: Brasil Escola
Ilustração: Blog CRB-6

quinta-feira, 29 de outubro de 2015

QUINTA FEMININA: Simone de Beauvoir, atual como nunca

Crescendo em um ambiente culto, Simone devota-se de
corpo e alma aos estudos
     Em tempos de Enem, cujo tema de redação deste ano abriu as portas da polêmica e trouxe para o universo do Ensino Médio a escritora, filosofa existencialista e feminista Simone de Beauvoir, é impossível falar da Persistente violência contra as mulheres sem passar pela mais feminista dentre todas, considerada uma das maiores representantes do pensamento existencialista francês. 

     A francesa Simone Lucie-Ernestine-Marie Bertrand de Beauvoir nasceu em 1908 e desde pequena já tinha planos de ser escritora. Filha de um advogado, recebeu educação católica na escola Cours Désir, e onde tornou-se amiga de Elizabeth Lacoin, quem exerceu uma influência definitiva sobre a personalidade de Simone. Com sua irreverência e seu ceticismo quanto à Humanidade, tornou-se mais atrevida, confiante e indisciplinada. Problemas financeiros obrigaram a família a se mudar para uma residência mais simples, época em que aumentaram os conflitos entre Simone e seu pai, declarando-se descrente de Deus aos 15 anos de idade. 


Sartre acreditava que, antes de constituírem um casal de
apaixonados os dois eram escritores. Por isso, era necessário
mergulhar na essência do Ser, o que somente seria possível
com a vivência de inúmeras experiências
     Graduou-se em Filosofia em Sorbonne, no ano de 1929, época em que conheceu o filósofo Sartre. Viveu com ele um relacionamento aberto durante quase toda a sua vida. Mesmo determinada a ser escritora, lecionou para sobreviver, atuando em diversas instituições escolares.

     Simone e Sartre criam em 1945 o veículo Les Temps Modernes, de periodicidade mensal, no qual ambos produziraem os principais textos. Ainda na década de 40, Simone lançou sua obra prima, O Segundo Sexo, livro que melhor traduz seus pensamentos.

    Na obra A Convidada, de 1943, aborda a degeneração das relações entre um homem e uma mulher, motivada pela convivência com outra mulher, hóspede na residência do casal. Em Os Mandarins, de 1954, Simone flagra os intelectuais no período pós-guerras, seus esforços para deixarem a alta burguesia letrada e finalmente se engajarem na militância política. 

     Em A Cerimônia do Adeus, Simone narra o fim da existência de Sartre, com quem teve uma relação controvertida. Ambos cultivavam relações com outros parceiros, e compartilhavam  as experiências adquiridas  neste e em outros campos da existência, em função de um pacto estabelecido entre ambos. Após a morte de Sartre, em 1980, Simone passou a ter uma saúde frágil, em função do consumo de álcool e anfetaminas. Faleceu no dia 14 de abril de 1986, e cinco dias depois de seu falecimento, seu corpo foi enterrado junto ao seu amado, no Cemitério  de Montparnasse. 

     Simone foi uma das escritoras mais influentes do ocidente. Suas ideias tratavam de questões ligadas à independência feminina e o papel da mulher na sociedade. Sua obra refletia também a luta feminina e as mudanças de papéis estabelecidos, assim como a participação nos movimentos sociais. 
   
Fonte: E-Biografias
             Infoescola

quarta-feira, 28 de outubro de 2015

De reparadora à estética, a cirurgia plástica evolui com os anos

"Susruta, famoso cirurgião antigo da Índia, preparando para
realizar cirurgia reparadora no lóbulo da orelha
     Ainda que possa parecer um modismo advindo do século passado, a cirurgia plástica é mais antiga do que muitos imaginam. Os primeiros registros de cirurgia plástica datam dos primeiros séculos e foram feitos na região onde hoje localiza-se a Índia. Muitos procedimentos realizados hoje já eram descritos em textos conhecidos como shusruta samhita (The Collection of Susruta). 

     No ano 400 d.C, o médico indiano tinha seu trabalho mais voltado para as técnicas cirúrgicas. Um bom exemplo é a técnica que usa pele da testa para reconstrução nasal, usada inicialmente para restaurar a aparência de pessoas que tinham narizes cortados como punição por crimes. O procedimento ainda é bastante utilizado por pessoas que perderam todo ou parte do nariz por causa de cânceres, traumas ou pelo uso de cocaína, por exemplo.

     Mas seu trabalho não se restringia apenas à cirurgia. Seus estudos incluíam anatomia, biologia, oftalmologia, psicologia e outras áreas. Por sinal, a medicina indiana é uma das mais antigas do mundo, e a mais conhecida é a Ayrveda (Ciência da Vida, em sânscrito).

     No entanto, o modelo de cirurgia plástica que conhecemos hoje surgiu como reposta aos traumas devastadores causados pela Primeira Guerra Mundial. O grande número de feridos exigiu soluções inovadoras para restaurar suas vidas. O pai da cirurgia plástica moderna, Sir Harold Gilles, percebeu que as feridas precisavam ser fechadas com tecidos de outras partes do corpo, a fim de restabelecer funcionalidades corporais e dar uma aparência mais "normal" para que os soldados pudessem retomar suas vidas. Foi então que Sir Gilles utilizou enxertos e retalhos de pele. Mas foi durante a Segunda Guerra que o médico e seu sobrinho, Archibald Mclndoe, refinaram as técnicas nos soldados, cujas feridas os deixavam desfigurados e com as funções básicas do corpo comprometidas, como fechar os olhos ou a boca.

     A partir daí, a cirurgia plástica deixou de ser reparadora. E suas técnicas foram adotadas em pessoas "normais", a fim de melhorar suas aparências, criando assim a cirurgia plástica estética. Com a evolução da área, hoje é possível manipular qualquer parte do corpo em busca de melhorias. Atualmente, a mamoplastia de aumento é a mais popular entre as cirurgias plásticas de estética.

Fonte: Sociedade Brasileira de Cirurgia Plástica
Foto: Heart Views

terça-feira, 27 de outubro de 2015

Como acabar com o vício em refrigerantes? Simples, enganando o cérebro

      Os viciados em refrigerante sabem o quanto é difícil abandonar o hábito de consumir a bebida no dia a dia. E por mais que os estudos comprovem os malefícios que os refrigerantes causam à saúde das pessoas, o vício sempre fala mais alto. O mais grave é que a bebida é incorporada à alimentação desde a infância.

     Enquanto a consciência não fala mais alto, é possível evitar o consumo de refrigerantes, apenas engando o cérebro. O Right Cup é um copo de plástico revestido com cápsulas que emitem aromas frutados, fazendo seu cérebro "pensar" que você está bebendo refrigerante, quando na verdade é apenas água. Parece mágica, mas não é. O que acontece é que nós "provamos" o sabor primeiramente através do olfato, e a língua é apenas um receptivo dos cinco sabores.

     De acordo com os criadores, o efeito se torna mais forte à medida que você se acostuma com ele. O copo tem validade de seis meses, sendo necessário trocá-lo após esse período, pois acaba o aroma. Por 35 dólares é possível adquirir o produto, que vem nos sabores limão, frutas vermelhas e maçã. O lançamento acontecerá em breve.

Fonte: Portal Administradores

segunda-feira, 26 de outubro de 2015

Entidades repudiam Projeto de Lei que pretende privatizar sistema carcerário

Para as entidades que assinam a Nota de Repúdio, a PLS
atende aos exclusivos interesses de grupos econômicos e
políticos que visam lucrar com o aprisionamento em massa
     Assim como a Defensoria Pública do Estado de São Paulo e diversas entidades, o Conselho Regional de Psicologia também é contrário ao Projeto de Lei do Senado, PLS nº 5311/2011, que estabelece normas gerais para a contratação de parceria público-privada para a construção  e administração  de estabelecimentos penais, ou seja a privatização do sistema carcerário no País. De autoria do senador Vicentinho Alves, o PLS encontra-se na relatoria da Comissão Especial de Desenvolvimento  Nacional.

     De acordo com a nota assinada pelas entidades, atualmente, o número de pessoas presas no Brasil supera a população de oito capitais brasileiras, ultrapassando a faixa de 600 mil pessoas. O alvo desse sistema é a população jovem e negra. E somente no período de vigência  da atual Constituição, o crescimento da população prisional foi de 595%, o maior do mundo, com uma nítida piora nas condições de aprisionamento.

     O Brasil é o país que mais constrói presídios no mundo, e de fato, o sistema penitenciário brasileiro é caracterizado pela insalubridade, superlotação e violação dos direitos humanos mais básicos. O déficit de vagas supera 230 mil vagas.

     Para muitas pessoas, a privatização do sistema representaria uma solução para os problemas citados, porém este Projeto de Lei "significa a forma mais intensa para o seu agravamento." Ainda segundo a nota, "não é preciso muito esforço para perceber que a partir do momento em que a prisão passa a ser fonte de lucro, o investimento neste setor requer um número cada vez maior de prisões e o aumento do tempo do cumprimento de penas. Sem maiores disfarces, o artigo 9º do PLS Nº 513/2011, determina que 'o concessionário será remunerado com base na disponibilidade de vagas do estabelecimento penal.'"

Custos

     Segundo a Pastoral Carcerária Nacional, existem, atualmente, 30 penitenciárias no País que funcionam de forma privatizada, seja por cogestão ou pelas Parcerias Público-Privadas. A justificativa para este modelo está no corte de gastos do Estado e eficiência do sistema. No modelo de cogestão, serviços de assistência e manutenção ficam por conta da iniciativa privada, enquanto o restante continua com o poder público. Já na PPPs, são privatizadas a construção, operação e manutenção das penitenciárias. Para o Sindicato do Agentes Penitenciários do Estado do Paraná, dentro dessa lógica, presos são considerados lucro; a reincidência, um bônus.

     A Associação Brasileira de Empresas Especializadas na Prestação de Serviços a Presídios, a margem de lucro das empresas é de, pelo menos, 8%. Os presídios que estão no sistema de cogestão, apenas 17% dos presos estudam e 16% trabalham. Ou seja, como a reincidência é lucro, não há o menor interesse em reinserir socialmente os presos
     

Fonte: Conselho Regional de Psicologia
Ilustração: Sindicato dos Agentes Penitenciários do Paraná

domingo, 25 de outubro de 2015

Tocantis sedia primeira edição dos Jogos Mundiais dos Povos Indígenas

Arco e flecha é uma das modalidades dos Jogos Indígenas
     A cidade de Palmas, no Tocantis, é sede, até o dia 1º de novembro, da primeira edição dos Jogos Mundiais dos Povos Indígenas, que contará com a participação de atletas de 23 países. O campeonato é uma iniciativa do Comitê Intertribal Memória e Ciência Indígena, em parceria com o Ministério do Esporte e com a Prefeitura de Palmas.

     Entre as principais modalidades disputadas estão arco e flecha, arremesso de lança, cabo de força, canoagem, corrida com tora, corrida de resistência, corrida de velocidade, futebol, lutas corporais e natação. Durante o evento, haverá também, uma programação cultural e demonstrações de jogos tradicionais específicas de cada etnia. 

     Para participar, o atleta deverá já ter participado de alguma edição dos Jogos Nacionais Indígenas, que ocorrem desde 1996, e de onde eles são selecionados por caciques e chefes de delegações de cada etnia. 

Fonte: Ministério da Cultura
Foto: Mais FM

sábado, 24 de outubro de 2015

Cerveja servida nas alturas

A bebida será servida gratuitamente em voos selecionados
     Para os amantes da cerveja, que costumam viajar de avião no período do happy hour, uma boa notícia. A empresa aérea Azul irá oferecer aos passageiros a bebida durante os voos que estiverem viajando durante o período das 16h às 21h.

     A estratégia, que começou no dia 21 deste mês, é uma parceria com a empresa de e-commerce Wbeer de bebidas alcóolicas. A cerveja oferecida nos voos é a dinamarquesa FAXE.

     E o serviço de bordo não para por aí. Para acompanhar a bebida, serão servidos aperitivos como amendoim, batata chips e queijo nacho integral. De acordo com o Departamento de Marketing da empresa, a ideia é recriar o clima de saída com os colegas de trabalho. E a escolha do horário reflete exatamente o momento pós-expediente para relaxar  e celebrar com os amigos.

     Porém, nem todos os voos servirão a bebida, mas apenas os que decolarem em cidades específicas, como Campinas, São Paulo (Guarulhos e Congonhas), Belo Horizonte ( Confins), Rio de Janeiro (Santos Dumont), Porto Alegre, Curitiba, Cuiabá, Goiânia, Brasília, Recife e Vitória. A campanha acaba em dezembro.

Fonte: Administradores
Foto: Blog Papo de Bar

sexta-feira, 23 de outubro de 2015

Universidade oferece curso a refugiados para melhor conhecerem o Brasil

Somente no ano passado, dos 2.320 pedidos concedidos para
 refúgio no Brasil, mais da metade era de sírios
     Para que possam compreender o novo contexto em que vivem, a Universidade de São Paulo, a USP, através do Departamento de Geografia, está oferecendo cursos para os novos refugiados que chegaram recentemente ao Brasil. Além disso, oferta a bolsistas e voluntários a prática da docência.

     Os sírios representam hoje o maior grupo dentro do total de estrangeiros reconhecidos como refugiados pelo governo brasileiro, somando mais de 2 mil pessoas. No curso oferecido na USP, o perfil dos refugiados é diversificado: além dos sírios, frequentam as aulas pessoas da Nigéria, Congo, Camarões, Venezuela, Haiti, Egito, Bolívia e até mesmo do Nepal. E a faixa-etária também é variada. "Há até crianças de colo, e para entretê-las, os voluntários trazem para a sala lápis de cor e brinquedos", comenta o professor Luis Antonio Bittar Venturi, idealizador e coordenador do projeto vinculado à Pró-Reitoria de Cultura e Extensão Universitária, que conta com a parceria da Cáritas Arquidiocesana de São Paulo.

     E foi por conta das aulas de Português para refugiados que o professor ministra como voluntário, que ele percebeu que os alunos tinham poucas noções sobre São Paulo e o Brasil, além do papel do País na América Latina e no mundo. Venturi propôs o projeto à Pró-Reitoria, conseguiu três bolsas e divulgou o curso na própria Cáritas, e em mesquitas da cidade. Contou também com o apoio de voluntários: dos cursos de odontologia, de veterinária, das ciências sociais, de relações internacionais e até mesmo de fora da USP.

Interação

     Na sala de aula, fala-se principalmente, inglês e francês, mas também se ouve árabe e espanhol, pois alguns dos alunos que frequentam as aulas acabaram de chegar ao país e nunca tiveram contato com a Língua Portuguesa .

     Após as aulas, que acontecem nas manhãs de sábado, professores e alunos almoçam juntos no Restaurante Central da USP, cujo valor é custeado pelo Departamento de Geografia. E sempre que possível, a organização do projeto busca realizar passeios culturais com os alunos.

     Ao final do curso, no dia 14 de novembro, farão também uma viagem à Baixada Santista, quando poderão conhecer a Serra do Mar e a reserva de biosfera da Mata Atlântica, o complexo petroquímico de Cubatão, o porto de Santos e a orla.

     Os interessados em participar do curso, seja como alunos ou voluntários, podem inscrever para o e-mail geografia.brasil.usp@gmail.com 

Fonte: USP
Ilustração: ONG Mais no Mundo

quinta-feira, 22 de outubro de 2015

QUINTA FEMININA: The Supremes, o grupo feminino que teve uma carreira curta, mas com sucessos eternos

Florence Ballard, ao centro. Mary Wilson, à esquerda e
Diana Ross
     O dia 22 de outubro de 1966 foi um divisor na carreira da banda, pois foi nesta data que The Supremes tornou-se a primeira banda formada só por mulheres a atingir o primeiro lugar na lista de discos mais vendidos.

    The Supremes foi o mais famoso grupo de vocal feminino dos anos 1960 e uma das principais marcas da gravadora Motown. Ficou ativo de 1959 até 1977, com estilos de música variados, incluindo Doo-Wop, Pop, Soul, Psicodelia e Disco. Entre 1964 e 1969, o grupo conseguiu emplacar 20 sucessos no Hot 100 da Billboard. Muitos desses sucessos foram escritos e produzidos pelo time mais criativo da Motown, o Holland-Dozier-Holland. 

Diana&The Supremes: Cindy, à esq.
e Mary 
     Em 1958, a então estudante do ensino médio, Florence Ballard, conheceu dois integrantes de um grupo de canto masculino em Detroit conhecido como The Primes, que tinha em sua formação Paul Willians e Eddie Kendricks. Como Florence também cantava, Willians teve a ideia de criar um grupo de canto feminino. Chamou sua namorada, Betty Mc Glown (substituída posteriormente por Barbara Martin), enquanto que Florence trouxe sua melhor amiga, Mary Wilson. Inicialmente, a grupo foi batizado com o nome de Primettes e cantava sucessos de Ray Charles, entre outros, em clubes sociais nos arredores de Detroit. Após a saída de Barbara Martin, The Supremes continuou como trio. Diana Ross, juntou-se ao grupo, inicialmente, exercendo a função de maquiadora, costureira e cabeleireira.  

     Depois da entrada de Diana Ross oficialmente como cantora, originando várias brigas por conta do sucesso de Ross, Florence Ballard foi afastada da banda em 1967, e substituída por Cindy Birdsong, tentando inutilmente uma carreira solo. Lutou contra o alcoolismo, depressão e a pobreza, mas morreu aos 32 anos de idade, de parada cardíaca. Em 1988, foi introduzida no Hall da Fama, como uma das integrantes da banda.

     O quarteto alcançou fama, e com a ajuda de Jesse Greer, o grupo passou a trabalhar em um estilo apropriado para a idade. Em 1961, a gravidez interrompe o sonho de Barbara Martin em permanecer no grupo, porque Diana Ross, acreditava que isso não daria uma boa imagem ao grupo. Com Cindy e Mary Wilson, em1967, o grupo passou a ser chamado de Diana Ross& The Supremes.

     O grande sucesso, abriu o caminho para que futuros artistas de soul e R&B ganhassem as plateias dos Estados Unidos e de diversos países.

Fonte: Trabalhos Feitos - Biografias
Foto: Internet

quarta-feira, 21 de outubro de 2015

Prêmio de Jornalismo objetiva reconhecer trabalhos universitários sobre pessoas com deficiência

    Terminam amanhã, as inscrições para o Prêmio de Jornalismo Rui Bianchi, lançado mês passado pela Secretaria de Estado dos Direitos da Pessoa com Deficiência de São Paulo. Trata-se de um reconhecimento público a matérias publicadas por estudantes universitários de cursos de Jornalismo, de todo o Brasil, e cuja abordagem principal seja o universo das pessoas com deficiência.

     Os meios de comunicação exercem papel fundamental para que as pessoas com deficiência sejam percebidas, em suas diferentes dimensões sociais e políticas. E isso não poderia ser diferente no meio acadêmico. Dessa forma, a Secretaria busca dar visibilidade aos trabalhos publicados nos meios de comunicação interna das universidades. "O Prêmio significa traduzir as melhores práticas jornalísticas, o melhor ensino e, é por isso, que queremos trabalhar com alunos, e com professores", destacou a secretária Linamara Rizzo Battistella.

     O objetivo do Prêmio é também incentivar as melhores práticas de ensino para que as pessoas com deficiência sejam retratadas a partir das suas pessoas e não a partir de suas deficiências, em todas as mídias. Além disso, o Prêmio pretende provocar reflexão sobre o papel dos jornalistas na construção de uma sociedade mais inclusiva, qual o efeito de suas matérias e a importância que elas possam ter na maneira como a sociedade percebe e se relaciona com as pessoas com deficiência.

     Poderão participar matérias veiculadas entre 1º de janeiro de 2015 a 22 de outubro de 2015, em jornais, revistas, sites, programas radiofônicos e/ou televisivos de responsabilidade das faculdades de comunicação social nas quais estejam matriculados os autores inscritos.

O homenageado

     Rui Bianchi do Nascimento nasceu em 1949 e foi um ativista do movimento social das pessoas com deficiência. Seu maior desejo era ampliar o acesso das pessoas com deficiência a informações sobre seus direitos civis e humanos. Ele foi mestre em Ciências da Comunicação, pela Escola de Comunicações e Artes, a ECA, da Universidade de São Paulo, a USP, e autor da dissertação Visão parcial da deficiência na imprensa. O ativista morreu em 2001 e sua viúva, Elza Ambrósio, como coordenadora  do Memorial da Inclusão da Secretaria, dá continuidade ao seu trabalho.

Fonte: Secretaria de Estado dos Direitos das Pessoa com Deficiência de São Paulo

     

terça-feira, 20 de outubro de 2015

O Dia do Desapontamento: a histórica crença do retorno de Jesus Cristo à Terra

O pregador batista Willian Miller, que
profetizou a vinda de Jesus Cristo,
em 1844
    Vez ou outra, somos surpreendidos - ou nem tanto - por profecias que garantem a vinda de Jesus Cristo à Terra. E a historia mostra que não é de hoje que pessoas são iludidas por esses profetas. O dia 22 de outubro de 1844 é conhecido como o Dia do Grande Desapontamento, quando religiosos norte-americanos inspirados em profecias bíblicas esperaram o retorno de Jesus Cristo. O movimento foi liderado por Willian Miller. Os remanescentes deste evento mais tarde fundaram diversas denominações adventistas.

     Entre 1831 e 1844, o fazendeiro e ex-capitão de exército da guerra de 1812, o pregador leigo Batista Willian Miller, após estudar a Bíblia, lançou o "grande despertar do segundo advento", o qual eventualmente se espalhou através do mundo cristão nos Estados Unidos. Baseado em sua própria interpretação, Miller chegou à conclusão que Jesus retornaria à Terra entre a primavera de 1843 e a primavera de 1844.

    Acontece que a data passou e nada aconteceu. Ele e outros pastores fizeram novos cálculos e concluíram que a data correta seria o dia 22 de outubro de 1844, ou seja, durante o outono norte-americano. Como Jesus não apareceu, os seguidores de Miller passaram a ver a data como o Dia do Grande Desapontamento.

     A maioria dos milhares que haviam se juntado ao movimento saiu em profunda desilusão, pois muitos venderam tudo que tinham, abandonaram seus empregos e quando o dia chegou, não tinham mais bens materiais. Uns poucos, no entanto, voltaram-se para suas bíblias para descobrir porque eles tinham sido desapontados. Apesar de não terem visto acontecer nada que desabonasse o cálculo, eles concluíram que a data 22 de outubro ainda era correta, mas que Miller tinha predito o evento errado para aquele dia. 

     O erro foi que Miller baseou seus estudos da volta de Jesus em 1844 numa crença popular da época que dizia que a "Terra era o Santuário." Após o Desapontamento, alguns poucos reestudaram  as profecias, entenderam  e passaram a crer que o Santuário a que se referia o Livro de Daniel, um dos livros do Antigo Testamento, era o Santuário Celestial. Com outros estudos bíblicos é que, em 1863, originou-se a Igreja Adventista do Sétimo Dia. Hoje, os Adventistas continuam esperando pelo evento mais importante da historia secular.

Fonte: Wikipedia

     

segunda-feira, 19 de outubro de 2015

A religiosidade no tratamento da hemodiálise

Os pacientes buscam a religião como forma de estratégia,
conforto, ou, fonte  de esperança para enfrentar a situação
em que se encontram 
     Há muito tempo que a Ciência discute a importância e os benefícios que a fé ou a religiosidade podem trazer à vida do paciente. Recente estudo realizado na Escola de Enfermagem de Ribeirão Preto da Universidade de São Paulo, a USP, investigou o Bem-Estar Espiritual e a Religiosidade de Idosos em tratamento hemodialítico, e mostrou que essas pessoas encontram na religiosidade características positivas para lidar com situações que a doença gera. A crença também trás qualidade de vida e alívio à dor.

     Os idosos que realizam  hemodiálise precisam se adaptar a um novo estilo de vida que a doença renal crônica impõe a estes pacientes. É aí que entra a religião, que serve como enfrentamento para as situações estressantes da vida: o uso contínuo de medicações, mudança nos hábitos alimentares, a dificuldade em lidar com a dependência de outras pessoas e de aparelhos para adaptações à nova realidade. "Eles usam a fé como uma forma de auxiliar as consequências emocionais negativas que vieram depois da doença, ou então, dos momentos difíceis que precisam vivenciar", destaca a enfermeira Calíope Pilger, coordenadora da pesquisa.

     Para os idosos, algumas questões são apontadas como importantes dentro da religião, como estar conectado com Deus, o encontro com pessoas nas igrejas, ou templos religiosos. Por isso, dividir a mesma crença, realizar trabalhos sociais, como grupos de orações e visitar doentes, auxiliam nas dificuldades que a vida impõe.

     A pesquisadora lembra que os idosos possuem suas singularidades e especificidades, seja nas dimensões físicas, sociais, emocionais e espirituais. "Na parte espiritual, as particularidades dos idosos estão  relacionadas às questões existenciais e a busca pela cura e conforto

Fonte: Agência USP
Imagem: Observatório da Evangelização

domingo, 18 de outubro de 2015

O resgate das brincadeiras do tempo dos já crescidinhos

No tempo em que não haviam redes sociais, as brincadeiras
eram o único meio pelo qual as crianças se sociabilizavam
     Diante da inquietação de uma professora de dança em resgatar as brincadeiras que adultos viveram em sua infância, surgiu a ideia de apresentá-las às crianças da Creche Pré-escola Central da Universidade de São Paulo, a USP, onde trabalha, a fim de contribuir para enriquecer o mundo infantil, além de a experiência também agregar conhecimento aos pequenos. Assim nasceu o projeto Memórias- brincadeiras de muitos tempos e lugares.

     A partir daí, Cristina Mara da Silva Correia, uma das coordenadoras do projeto, começou a pensar  como poderia trazer para o dia a dia daqueles meninos e meninas as brincadeiras de muitos tempos e lugares. Cantigas de roda, pião, bolinha de gude, pega-pega, passa anel e outras tantas brincadeiras são lembradas no livro Brincadeiras de muitos tempos e lugares, que terá seu lançamento dia 23 de outubro na Biblioteca Brasiliana Guita e José Mindilin da USP.

     Cristina percebeu que as fontes onde buscaria inspiração para suas historias estavam mais perto do que pensava: o porteiro, a merendeira, o ajudante geral e, claro, os próprios professores. "O esforço de nosso trabalho vai na contramão do que se elege como conhecimento dentro da escola." A proposta da obra é mudar esse cenário, valorizando tais saberes como conteúdos importantes a serem ensinados às crianças. Fosse no campo ou na cidade, há 20 ou 50 anos atrás, brincar na rua e no quintal fazia parte do cotidiano da infância.

      Além do livro, o projeto terá a criação de um site e de documentários. E todo o material poderá servir de instrumento para a ampliação dos repertórios de atividades de escolas do ensino básico e fundamental.

 Fonte: USP

sábado, 17 de outubro de 2015

Silicone na panturrilha, a serviço da autoestima masculina

Um profissional qualificado, indicará as próteses no tamanho
que melhor define os músculos do paciente
    Apesar de serem semelhante, os implantes de próteses de silicone na panturrilha não são tão comuns quanto aos de mamas. E podem despertar nas pessoas um sentimento de futilidade. No entanto, no que diz respeito à estética, as próteses na panturrilha estão para o homem, assim como as de mama estão para a mulher.

      De acordo com artigo publicado no Smart Beauty Guide, do médico Jonathan Kaplan, no mundo de hoje, existe muito menos desprezo pelos implantes de próteses de silicone mamárias do que pelos implantes de próteses de silicone nas panturrilhas. "Será que é porque vivemos em uma sociedade que valoriza mulheres com mamas fartas e pensam que homens e cirurgia plástica são algo que estão à margem? Eu reconheço que implantes de próteses de silicone nas panturrilhas não são comuns, mas ao mesmo tempo, não consigo fazer distinção entre uma mulher que deseja ter mamas maiores e homens que anseiam por panturrilhas maiores que os ajudem a ter mais autoconfiança."

     O procedimento é simples. São feitas pequenas incisões abaixo da dobra dos joelhos e, assim como acontece na mamoplastia, um "bolso" é desenvolvido para receber as próteses. No entanto, ao contrário das mamas, a prótese é colocada acima do músculo, nunca abaixo dele. Por um curto período, deve-se evitar exercícios físicos pesados na região.

Fonte: Sociedade Brasileira de Cirurgia Plástica

sexta-feira, 16 de outubro de 2015

Há limites para a publicidade?

O pequeno Aylan morto depois que o bote
em que sua família estava, virou no mar
     A imagem do menino imigrante sírio morto na praia da Turquia causou (e ainda causa) comoção internacional. Na época do fato, muitos veículos de imprensa decidiram em não publicar a imagem, outros preferiram distorcer a foto. Mas muitos jornais acharam por bem divulgá-la. Além dos inúmeros compartilhamentos, feitos pelos usuários, nas redes sociais.

    Agora, poucos meses depois, a GCA Comunicação, da Paraíba, está no meio de uma polêmica. A agência de publicidade usou a foto em uma peça criada para lembrar o Dia das Crianças. A peça foi exposta em um outdoor em uma das avenidas mais movimentadas da cidade.

     O cliente da agência, a empresa Outdoor Cabo Branco, até agora não se pronunciou sobre o caso, mesmo após a imagem repercutir negativamente nas redes sociais. A Associação Brasileira das Agências de Publicidade (seccional Parapiba) divulgou uma nota de repúdio. No texto intitulado Publicidade não é um vale tudo, a entidade afirma que repudia a peça publicitária e alerta para possíveis sanções legais e de responsabilidade social às quais a agência está sujeita.

     Por sua vez, a agência, através do porta-voz, Albelardo Carlos, se defendeu alegando que a ideia era causar impacto, para de alguma forma, combater a indiferença. "Imagens fortes têm o poder de levar a quem a vê a uma reflexão. O que queremos é que cada um de nós deixe de lado a indiferença e faça a sua parte. Ficam chocados  com uma imagem que foram, de certa forma, obrigados a ver, mas não se importam com aquelas que o descaso e a indiferença  fazem questão de esconder dos olhos e da alma. Que tal uma visita aos lixões?", diz o texto. E completa explicando que "a foto  não estava ali para ser usada na venda de algum produto, mas simbolicamente para que lembrássemos que o futuro de nossas crianças não pode morrer na praia."

Fonte: Administradores

Nota: Este blog não teve a intenção de causar sensacionalismo com a imagem do garoto, mas julgou ser necessário divulgar a peça publicitária em questão.

quinta-feira, 15 de outubro de 2015

QUINTA FEMININA: Débora Seabra, primeira professora com síndrome de Down no Brasil

Débora deve muito a sua mãe, a coragem em lutar contra o
preconceito, que pessoas nestas condições são obrigadas
a lutar
     Neste 15 de outubro, em que se comemora o Dia do Professor, muitos são os mestres e mestras dignos de uma homenagem. No entanto, num País, onde alguns grupos lutam para mostrar seu valor e conquistar o reconhecimento, Débora Araújo Seabra de Moura faz parte de uma minoria que é obrigada a lidar com o preconceito e a discriminação quase que cotidianamente. Ainda assim, ela tornou-se a primeira professora portadora de Síndrome de Down no Brasil.

     Autora de um livro de "fábulas inclusivas" infantis, Débora conta histórias, com texto de apresentação de João Ubaldo Ribeiro, atriz amadora formada em teatro, afilhada do humorista Henrique de Souza Filho, o Henfil, militante cultural e ativista dos direitos de doentes especiais, a professora de 34 anos, formou-se no Magistério, em Natal, no Rio Grande do Norte e fez estágio na Universidade de Campinas. Trabalha há dez anos como professora assistente em turmas de educação infantil e primeiro ano do Ensino Fundamental da Escola Doméstica, instituição particular de Natal.

     Segundo contou em entrevista para o Portal R7, durante o Ensino Fundamental, um amigo virou-se para ela e a chamou de "Mongol". Mas sua professora à época, no dia seguinte, explicou a todos os alunos que "mongóis" são os habitantes da Mongólia e ainda ensinou a todos sobre o que vem a ser a Síndrome de Down.

     Mas a discriminação não parou por aí. Durante uma aula de Educação Física, Débora ficou de fora na formação da equipe de vôlei, sendo escolhida para completar o time outra aluna, que por sinal, também era portadora da mesma síndrome. Quando Débora pediu para entrar no time, ouviu de uma das participantes: "não, com Down aqui já basta uma." No dia seguinte, a filha do médico psiquiatra José Robério e da procuradora aposentada do Ministério Público Margarida Seabra, compareceu à aula de posse de um cartaz onde dizia: "preconceito dá cadeia". A autora do crime de preconceito nunca mais repetiu a agressão. 

     Chegará o dia em que Débora será apenas a professora Débora, sem ter que necessariamente ser lembrada por sua síndrome.

Foto: Site Carta Na Escola

quarta-feira, 14 de outubro de 2015

A fosfoetanolamina e a cura do câncer

Valor da cápsula de fostoetanolamina custa menos de
R$ 0,10
     Nas últimas semanas, tem sido divulgada uma notícia nas redes sociais sobre um medicamento desenvolvido pela Universidade de São Paulo, a USP, capaz de curar diversos tipos de câncer, e que cujo princípio ativo seria a fosfoetanolamina. Por conta disso, a Universidade se viu em meio a uma polêmica de que teria "descoberto" a cura para a doença. No entanto, em seu site, a USP divulgou um comunicado esclarecendo que a fosfoetanolamina não é um remédio.

     "Ela foi estudada na USP como um produto químico e não existe demonstração cabal de que tenha ação efetiva contra a doença: a USP não desenvolveu estudos sobre a ação do produto nos seres vivos, muito menos estudos clínicos controlados em humanos. Não há registro e autorização de uso dessa substância pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária, a Anvisa e, portanto, ela não pode ser classificada como medicamento, tanto que não tem bula."

     E ainda, a produção da substância, por ser artesanal, não atende aos requisitos  nacionais e internacionais para a fabricação de medicamentos. "Por fim, esclarecemos que a fosfoetanolamina está disponível no mercado, produzida por indústrias químicas, e pode ser adquirida  em grandes quantidades pelas autoridades públicas. Não há, pois, nenhuma justificativa para obrigar a USP a produzi-la sem garantia de qualidade."

A polêmica

     O boato que circula na rede diz que a USP descobriu a cura do câncer, mas que a informação não havia sido, até então, divulgada, "porque o Governo não gosta da população". E que os laboratórios que distribuíam o produto foram cassados pela Anvisa, para que a população não fosse beneficiada com a cura.


Gilberto Chierice dedicou anos em pesquisas, ainda não
conclusivas, sobre a cura do câncer. E a fosfoetanolamina
foi estudada por ele, como um potencial remédio anticâncer
     Diz ainda, que os estudos com a substância começaram no início dos anos 90, coordenados pelo professor Gilberto Orivaldo Chierice, hoje aposentado, e que até 2014, havia a doação de cápsulas no Instituto de Química do campus de São Carlos. E uma portaria havia mudado o sistema. Por esta razão, pacientes com câncer passaram a reivindicar o direito à substância por meio de liminares judiciais.

     De acordo com usuários, familiares e advogados, a substância experimental produzida no campus de São Carlos acumula resultados satisfatórios no combate à doença, inclusive com relatos de cura, porém sem registro junto à Anvisa.

     A pesquisa do professor Chierice chegou a ter publicações científicas, mas as conclusões não são promissoras. No entanto, não é porque um artigo foi publicado numa revista científica que significa que seu conteúdo é válido. O químico acredita ter encontrado a cura para o câncer, o que é diferente de provar que encontrou a cura. Em suas entrevistas, predominam as expressões "eu acho", "eu acredito". E a Ciência não dá espaço para "achismos."

Ações judiciais

     Por liminares judiciais, a USP se viu obrigada a fornecer o produto para os que a solicitam. Os mandatos judiciais, segundo a nota, serão cumpridos dentro da capacidade da Universidade, já que não é uma indústria química ou farmacêutica e, por isso, não tem condições de produzir a substância em larga escala, para atender às centenas de liminares judiciais que recebeu nas últimas semanas.

     De acordo com a determinação nº 1389/2014, publicada pela diretoria da Anvisa, a produção e a distribuição de drogas com finalidade medicamentosa só podem ser efetuadas com a apresentação de licenças e registros. Como a fosfoetanolamina sintética não possui a permissão da Anvisa, parou de ser doada, obrigando os pacientes a recorrer ao Judiciário, o que resultou em liminares.

     "A USP estuda a possibilidade de denunciar, ao Ministério Público, os profissionais que estão se beneficiando do desespero e da fragilidade das famílias e dos pacientes. A Universidade entende a angústia de pacientes acometidos de doença grave. Nessas situações, não é incomum o recurso a fórmulas mágicas, poções milagrosas ou abordagens inertes. Não raro essas condutas podem ser deletérias, levando o interessado a abandonar tratamentos que, de fato, podem ser efetivos ou trazer algum alívio. Nessas condições, pacientes e seus familiares aflitos se convertem em alvo fácil de exploradores oportunistas."

Fonte: USP
 Foto:   E-farsas

terça-feira, 13 de outubro de 2015

Playboy irá mudar sua linha editorial. É o fim de uma era?

Segundo o criador, o coelho é o playboy
do mundo animal, por se tratar de
um animal sofisticado
     Depois de décadas e mais décadas enaltecendo a beleza feminina, exibindo corpos desnudos de artistas, famosas e celebridades, a revista Playboy, a partir de 2016 irá mudar sua linha editorial. A partir de março do ano que vem, a revista americana publicará ensaios sem nudez, porém mais focada no jornalismo investigativo e nas entrevistas exclusivas que já são publicadas cotidianamente.

     Em 1953, após ajudar o início da revolução sexual que vêm acontecendo desde a primeira revista, a Playboy acredita não ser mais possível lutar contra a quantidade de pornografia online gratuita. "Atualmente, não há mais o mesmo clima político e sexual que o de 1953, quando Hugh Hufner apresentou a revista para o mundo, tendo na capa a sexy symbol Marylin Monroe. E se hoje somos mais livres para nos expressarmos política, sexual e culturalmente, é graças à heroica missão de Hufner de expandir essas liberdades", disse Scott Flanders, CEO da Playboy Enterprises.

     A mudança já vem ocorrendo no mundo virtual, após uma "limpa" no site, quando foram retiradas todas as fotos de mulheres nuas do endereço online.

O começo

 
Através de empréstimos, Hufner conseguiu
comprar os direitos das fotos da atriz, feitas
para um calendário, em 1948

     Em 1953, Hugh Hufner, então diretor de circulação da revista Childre's Activities, decidiu criar uma revista para o público masculino que refletisse o pensamento dos jovens adultos da época. Parte de sua inspiração foi ver a popularidade de publicações de pin-ups.

     A primeira edição norte-americana teve a atriz Marylin Monroe, sendo levada curiosamente às bancas sem número na capa da edição, pois seu criador não tinha certeza da sua continuação. Na época, a revista destacou-se como pioneira na exibição de mulheres nuas.

     Esta edição foi lançada nas bancas de Chicago, com uma tiragem de 69 mil exemplares e mais de 50 mil cópias foram vendidas. Foi então que uma pequena editora independente decidiu apoiar a Playboy e torna-la uma publicação nacional.

A edição brasileira foi lançada em 1974 sob o título de Revista do Homem, pelo veto do governo militar ao nome Playboy. O nome só foi adotado em 1978.

Fonte: Wikipédia e  Portal Administradores

segunda-feira, 12 de outubro de 2015

Jogo do bicho, a contravenção que habita o cotidiano popular

Simples no começo, o sistema do
jogo do bicho multiplicou-se pelo
território brasileiro
     Ele sempre foi alvo de polêmicas. Algumas pessoas defendem a sua legalidade, outras, o fim da prática. Opiniões à parte, fato é que muitos já pensaram na possibilidade de ganhar um dinheirinho extra, fazendo uma "fezinha." A crença aumenta ainda mais quando os sonhos podem estar associados aos 25 bichos do jogo. Inventado no dia 13 de outubro de1892 pelo barão João Batista Viana Drummond, o fundador do Jardim Zoológico do Rio de Janeiro, em Vila Isabel, o Jogo do Bicho faz parte da historia de algumas cidades.

     Nos primeiros anos da república a fase de intensa especulação financeira e jogatina na bolsa de valores imprimiu grave crise ao comércio. Para estimular as vendas, os comerciantes instituíram sorteios de brindes. E no intuito de aumentar a frequência popular ao zoológico, o barão decidiu estipular um prêmio em dinheiro ao portador do bilhete de entrada que tivesse a figura do animal do dia, o qual era escolhido entre os 25 animais do zoológico, e passava o dia inteiro encoberto com um pano, que somente era retirado ao final do dia, revelando o bicho do dia.

     Posteriormente, os animais foram associados à séries numéricas da loteria e o jogo passou a ser praticado largamente fora do zoológico, a ponto de transformar a capital da república, na capital do "jogo do bicho". Ao final do dia, os organizadores do jogo,  revelavam o nome do bicho vencedor e afixavam  o resultado num poste, o que até os dias de hoje ainda é feito.

     Assim, rapidamente essa modalidade de jogo se alastrou pelo País e tornou-se para as pessoas de baixa renda algo comparável à bolsa de valores para os mais abastados. Considerado contravenção, atualmente é praticado em larga escala nas ruas das cidades brasileiras.

Curiosidade

     O jogo tem algumas regras que estipulam limites nas apostas. Um exemplo, são os números mais apostados, como o número do túmulo de Getúlio Vargas ou o número do cavalo no dia de São Jorge. Para alguns organizadores, estes números que são muito jogados são cotados a fim de não haver a "quebra da banca".

     O sociólogo Gilberto Freyre descreveu o jogo do bicho como uma das poucas atividades sem discriminação de classes no início da república. O cientista político e historiador José Murilo de Carvalho escreveu que "a sociedade carioca difundia a crença na sorte como uma forma de ganhar a vida sem trabalhar."

     A partir de 1941, o jogo passou a ser proibido definitivamente, quando foi passada a lei de proibição aos jogos de azar.

Fonte: Wikipedia

domingo, 11 de outubro de 2015

Dia da criança ou do brinquedo?

Perfil consumista é criado desde a infância
     Hoje, às vésperas do Dia das Crianças, neste momento certamente devem haver pais desesperados a procura daquele brinquedo que acreditam ser o almejado pelos filhos - isso, quando não compram aquele que já foi escolhido pela criança. Há também os pais menos afortunados, que passam horas e mais horas garimpando no comércio popular o brinquedo que melhor cabe no bolso.

    Seja lá qual for o perfil destes pais, o que se vê em anos é que o brinquedo ganha mais importância no dia em poderia ser dedicado única e exclusivamente à criança. Economicamente, o País busca caminhos para equilibrar as contas, e num cenário  cujo feriado mostra o consumo com objetivo único, iremos ver a parcela dos endividados aumentar nos próximos meses.

     É certo que os pequenos esperam pelos brinquedos; afinal, muitos deles foram criados num cenário que valoriza o consumo, e estes tornam-se o público-alvo preferido na mão das agências de publicidade. Mas, a pergunta que fica é: devemos dar importância ao brinquedo quando o dia é da criança?
Momentos que não têm preço, é que ficarão registrados na
mente da criança
Daqui alguns anos, poucos se lembraram de todos os brinquedos que tiveram ao longo da infância. Mas é certo, que todos se recordaram das horas em que seus pais tiram de seus dias para curti-los. Ir a um parque, desligar o celular por um dia inteiro - ou então, por algumas horas - e dizer à criança "hoje o dia é seu, somente seu. Nada nem ninguém mais importa". Qual o preço que deste afeto? Provavelmente, imensurável.

     Por certo, são estes os momentos ficarão guardados na mente da criança, e com eles serão construídos valores que deixarão claro a ela de que o importante é o ser do que o ter.

     Não quero, com isso, fazer uma apologia de que o brinquedo é o mal do século; no entanto, ele não tem que ser o motivo único que unem pais a filhos. E, sim, apenas um complemento de uma relação criada com afeto. E que o brinquedo, neste dia das crianças, seja o menos importante.

sábado, 10 de outubro de 2015

Brasil e Alemanha na Bienal de Música Contemporânea

Mário de Andrade e Hans Koellreutter fazem
parte do mesmo campo cultural. Eles tratam
de grandes questões do modernismo estético
     Parte das obras do poeta, musicólogo e crítico de arte Mário de Andrade e as do compositor, educador, maestro e flautista Hans-Joachim Koellreutter serão revisitadas de 10 a 19 de outubro, no Rio de Janeiro, durante a Bienal de Música Brasileira Contemporânea, realizada pela Fundação Nacional de Artes, a Funarte, entidade veiculada ao Ministério da Cultura.

     A XX edição do evento homenageia os dois artistas, que apesar de contemporâneos, só tiveram uma relação mais estreita após a morte de Mário de Andrade, quando Koellreuter musicou a ópera Café do poeta paulistano. E as coincidências não param por aí. Este é o ano em que se completam 70 anos da morte do escritor e o centenário de nascimento de Koellreutter.

     A ligação do artista alemão com o Brasil iniciou em 1937, quando desembarcou no Rio de Janeiro, fugindo dos nazistas. Por aqui, disseminou suas ideias e pedagogias próprias e formou maestros e músicos renomados como Rogério Duprat, Júlio Medaglia, Claudio Santoro e Tom Jobim. Em São Paulo, morreu aos 90 anos de idade, em decorrência de uma parada cardíaca. E Mário de Andrade foi um dos expoentes do Modernismo - que propunha um novo modo de expressar a realidade - e escritor de obras marcantes, como Macunaíma. Assim como Koellreutter, também morreu vítima de um ataque cardíaco na capital paulista.

     A abertura da Bienal acontece hoje às 17h, no Theatro Municipal do Rio de Janeiro.

Fonte e imagem: Ministério da Cultura
   

    

sexta-feira, 9 de outubro de 2015

Pesquisa avalia diferença entre valores de planejamento e execução na administração pública

O Executivo e o Legislativo de cada governo
estabelecem o quanto aceitam de mudanças no plano
inicial  do uso do recurso público
     Pesquisa recente aponta a existência de enormes diferenças entre os valores planejados e os de fato executados no orçamento público dos municípios brasileiros, o que ilustram a crise de credibilidade do atual modelo adotado no Brasil. Intitulado de O irrealismo orçamentário nos municípios brasileiros, o estudo foi desenvolvido na Faculdade de Economia, Administração e Contabilidade de Ribeirão Preto da Universidade de São Paulo, a USP.

     Como as leis e suas regulamentações permitem que o Legislativo dê ao Executivo autorização prévia para grandes margens de alteração posterior no orçamento, os governos têm utilizado essa grande flexibilidade para adotar estratégias orçamentárias que permitam mudar posteriormente recursos entre funções de governo, entre programas ou entre órgãos, sem passar pelo debate dos legisladores. Em média, 25% dos gastos planejados são executados em outras funções de governo. E há municípios com alteração de 80% no orçamento inicial.

     Mas a pesquisa não analisou apenas as despesas. A mesma estratégia é adotada nas receitas. Por exemplo, se o Imposto Predial Territorial Urbano, o IPTU, arrecadado em 2013 foi de 5 milhões de reais e, em 2014 foi de 5,5 milhões de reais, caso não haja nenhuma mudança, espera-se que no orçamento de 2015 seja prevista uma receita compatível com a dos anos anteriores. No entanto, o que se observa é que essa receita é subestimada. Pois se a receita do IPTU, para 2015, pode ser prevista em, por exemplo, 4 milhões de reais, já é desenhado de forma antecipada uma mecanismo planejado de excesso de arrecadação que ocorrerá no ano seguinte.

     Embora o mecanismo de ajustes previstos na lei seja natural - pois o Executivo precisa de certa flexibilidade no orçamento - deixar 80% de espaço para mudança no plano inicial mostra certa incoerência.

     De acordo com os pesquisadores, não basta o orçamento público ser transparente, pois se ele for irreal nas estimativas, ele já foi montado para os ajustes posteriores

Fonte: USP

quinta-feira, 8 de outubro de 2015

QUINTA FEMININA: Clarice Lispector, uma das mais importantes escritoras do século XX

Liberdade é pouco. O que desejo não tem nome
     No dia 10 de dezembro de 1920, nascia Clarice Lispector, a escritora de origem ucraniana e alma brasileira. Autora de romances, contos e ensaios, é considerada umas das escritoras mais importantes do século 20, e a maior escritora judia desde Franz Kafka. Sua obra está repleta de cenas cotidianas simples e tramas psicológicas, tendo a epifania de personagens comuns em momentos do cotidiano como uma de suas características.
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    Pertencia a uma família de origem judaica que se viu obrigada a emigrar por conta da perseguição a judeus, durante a Guerra Civil Russa. Chegou ao Brasil ainda pequena, em 1922, com seus pais e duas irmãs, sob o nome de Haia Pinkhasovna. E por iniciativa do pai, todos mudaram de nome e Haia passa a se chamar Clarice. De alma e coração brasileiros, Clarice dizia não ter nenhuma ligação com a Ucrânia. Naquela terra eu literalmente nunca pisei: fui carregada de colo.

     Logo que chegou, a família instalou-se em Maceió, até rumarem para o Recife. Em 1928, aos sete anos, Clarice aprendeu a ler e a escrever. Estudou inglês e francês e cresceu ouvindo o idioma dos seus pais, o iídiche. Pobre menina rica, foi sua primeira peça teatral, com três atos. Escreveu contos e peças na intenção de agradar a mãe que estava muito doente. Tempos depois, veio a falecer, quando Clarice tinha apenas 9 anos de idade. Em homenagem à mãe, compôs sua primeira peça para piano. 

     Em 1937, a família mudou-se para o Rio de Janeiro. Clarice graduou-se em direito. Aos 19 anos, publicou o seu primeiro conto Triunfo. Seis anos depois, casou-se com o amigo Maury Gurgel Valente, mesmo ano em que estreou na literatura com o romance Perto do Coração Selvagem, que retrata uma visão interiorizada do mundo da adolescência, e que cujo livro lhe rendeu o Prêmio Graça Aranha.

Porque há o direito ao grito. Eu grito
     Chegou a trabalhar como voluntária de assistente de enfermagem no Hospital da Força Aérea Brasileira, em Nápoles, quando acompanhou o marido diplomata  em viagens. Aliás, por conta dessas viagens, seu primeiro filho nasceu na Suíça, e o segundo, nos Estados Unidos. 

     Separada do marido, retornou para o Rio de Janeiro com os filhos. O primeiro trabalho foi no Jornal Correio da Manhã, onde assumiu a coluna Correio Feminino. No ano seguinte, assinou a coluna Só Para Mulheres no Jornal Diário da Noite. Lançou o livro de contos Laços de Família, que lhe deu o Prêmio Jabuti da Câmara Brasileira do Livro. Em 1962, recebeu o Prêmio de Melhor Livro do Ano por A Maçã no Escuro.

     Passou a viver isolada depois de sofrer queimaduras no corpo e na mão direita, por dormir com um cigarro aceso; mas nunca deixou de escrever. Em 1969, já tinha perto de doze volumes publicados. Recebeu o prêmio do X Concurso Literário de Brasília.

     Clarice Lispector morreu no Rio de Janeiro, no dia 9 de dezembro de 1977. Seu corpo foi sepultado no cemitério israelita do Caju.

Fonte: E-Biografias