Esponja Geodia Corticostylifera contém o composto Geodemolídeo, capaz de conter o avança da célula tumoral |
Durante a pesquisa, coordenada pela professora Glaucia Maria Machado, descobriu-se um composto presente nesses organismos marinhos chamado de Geodemolídeo, que tem função antiproliferativa, e através de testes, percebeu-se que essa molécula atacava o citoesqueleto de actina das células tumorais. E essa estrutura está relacionada com a mobilidade, a ação do Geodemolídeo acaba impedindo a ação a migração das células para outras partes do corpo. Isso não significa que o composto irá matar a célula tumoral, mas sim afetar a sua capacidade de metastização. Por isso, a produção de uma droga que consiga conter o processo de metástase.
Como as esponjas não se movimentam no mar, acabam produzindo toxinas diferentes para viver. Além disso, elas também possuem uma relação de interação com micro-organismos simbiontes. Dessa forma, há uma troca, as esponjas proporcionam um ambiente para esses organismos sobreviverem e eles produzem moléculas que as ajudam a se proteger dos predadores. O próximo passo do trabalho é descobrir se essas toxinas são sintetizadas pelas próprias esponjas ou por simbiontes. Como explica a professora, se essas substâncias forem produzidas por esses micro-organismos, há uma grande vantagem, porque os compostos podem ser cultivados em laboratório.
Fonte: Universidade de São Paulo
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