domingo, 3 de julho de 2016

Capturar para exibir. A curta vida de um animal raro

Depois de capturada, viveu apenas três anos presa a um
aquário
      Em 1962, o Miami Seaquarium, liderado pelo capitão Gray, partiu para uma expedição para Beaufort, na Carolina do Sul, para capturar o único golfinho albino conhecido no mundo. A missão era muito discreta, pois o clamor público contra a captura era evidente. No início dos anos 1960, cartas foram escritas para jornais locais e a oposição à captura desse raro e belo animal aparecia também em programas de rádio.

      As manifestações foram em vão. A equipe de Gray capturou o golfinho em 4 de agosto de 1962, dezesseis dias após o início da expedição. Ainda que a Carolina do Sul tivesse aprovado uma lei contra o assédio e a captura de golfinhos nas águas do Condado de Beaufot, neste dia o golfinho foi flagrado nadando ao lado de seu filhote e de outros golfinhos em águas desprotegidas, seguindo um dos barcos de camarão da área.

      Os últimos momentos no oceano foram gastos enquanto ele se debatia em uma rede, ao lado do filhote, tentando repetidamente manter sua liberdade. O golfinho fêmea com olhos cor de rosa e dentes pretos tornou-se uma propriedade do Miami Seaquarium, batizada com o nome de Carolina Snowball e virou a principal atração do aquário. Três anos depois, ela desenvolveu uma infecção na base de sua cauda e morreu pouco depois devido a várias complicações médicas sérias. Seu filhote, chamado Sonny Boy, viveu mais 11 anos em cativeiro e morreu no Seaquarium em 1973. A Carolina do Sul é o único estado norte-americano que proíbe a exibição de golfinhos e de botos.

Fonte: ANDA

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