Nas tantas entrevistas de emprego que fiz, confesso que nunca entendi o real sentido das temíveis dinâmicas de grupo. Já tive que construir castelinhos com palitos de fósforo. Procurar uma foto em meio a tantos famosos, na busca de perfis semelhantes aos meus, entre outras... E ainda que julgue patético, você o faz porque quer a todo custo aquela vaga, mesmo sabendo que há claras segundas intenções naquele processo.
Julgam o seu comportamento a todo instante. Quem fala muito é tido como líder ou persuasivo? Calar-se e ficar no papel de observador, pode parecer indiferente e com grande dificuldade de relacionamento em grupo? Quem te observa, observa o que?
Defensores da prática, acreditam ser o meio mais prático e democrático na contratação do funcionário para a preterida vaga. Será? Com esses métodos, o mercado de trabalho absorve os melhores profissionais?
Talvez, Jack Ma, o segundo homem mais rico da China, discorde. Com uma fortuna pessoal estimada em 22 bilhões de dólares, o empresário foi rejeitado em nada menos que 30 empregos. Até a rede de fast-food KFC não quis lhe dar emprego, disse ele em entrevista ao colega Charlie Rose. Dos 24 candidatos à vaga, 23 foram os contratados. O único que ficou de fora, tempos mais tarde criou a maior companhia de e-commerce do mundo, o Alibaba. Além de ser chamado de louco quando decidiu criar o sistema de pagamento online atualmente usado por mais de 800 milhões de pessoas, o Alipay.
Não sei se Jack Ma algum dia teve que construir castelinhos com palitos, mas sua fortuna lhe permite construir castelos, digamos assim, mais habitáveis.
Resta saber como é o processo seletivo de emprego pelas mãos de Jack Ma.
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