Berta Zemel e Wolney de Assis, união para além dos palcos/Foto: Secretaria de Cultura de Suzano |
Casal unido pelo amor, pela atuação, seja no teatro, no cinema, ou na televisão. Assim foi a vida de Berta Zemel e Wolney de Assis, estruturada num laço amoroso que se estendeu até 2015, quando Wolney sai do palco da vida em decorrência de um câncer pulmonar. Já Berta ainda viveria por mais seis anos, falecendo no ano passado, aos 86 anos de idade.E como a arte é imortal tal como os deuses, Berta e Wolney serão homenageados na 11ª Mostra de Referências Teatrais de Suzano, que acontece de 22 a 9 de julho. De acordo com o vice-prefeito Walmir Pinto, à frente da Secretaria de Cultura, “a iniciativa visa reconhecer e valorizar o trabalho de profissionais do teatro que dedicaram suas vidas a este ofício”. Ambos fizeram carreira no teatro, cinema e televisão, e na cidade, ministraram palestras e aulas de teatro.Wolney de Assis nasceu na Porto Alegre de 1937, e na década de 1960, esse gaúcho mudou-se para São Paulo, levando junto uma bagagem teatral. Foi membro e fundador de grandes companhias, como o Teat(r)o Oficina Uzyna Uzona e o Teatro de Arena. Eram os tempos mais duros da ditadura militar, o que o levou a trocar os palcos pela ação política na clandestinidade, período em que Berta também se afasta dos palcos, voltando a atuar no ano 2000 com “Anjo Duro”, uma peça sobre o trabalho da psiquiatra Nise da Silveira.Filha de imigrantes poloneses, Berta adotou o sobrenome Zemel por sugestão do ator Sergio Cardoso, com quem viria a trabalhar no Teatro Bela Vista. Na TV, participou do Grande Teatro Tupi, sendo dirigida por Sérgio Brito. Berta venceu todos os dezesseis prêmios a que foi indicada.
Texto: Elisa Marina
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