Localizada às margens da rodovia Índio Tibiriçá, a Capela de Nossa Senhora da Piedade passará por estudo de tombamento/Foto: Oi Diário |
O Decreto Lei nº 25 de 1937 determina que, constitui
patrimônio histórico e artístico nacional o conjunto de bens móveis e imóveis
existentes no país e cuja conservação seja de interesse público, quer por sua
vinculação a fatos memoráveis da história do Brasil. Estados e municípios têm
suas regulamentações próprias de como preservar sua história. Suzano, município
da região metropolitana de São Paulo, é um exemplo. O Conselho Municipal do
Patrimônio Cultural (Compac) planeja, para ainda este ano, um estudo do
tombamento da Capela de Santa Helena, da Capela de Nossa Senhora da Piedade,
conhecida como Igreja do Baruel e da Festa do Baruel.
Muito mais que um dever do poder público, preservar um
patrimônio é dever também de todo cidadão, para isso, de acordo com o
presidente do Compac, Amaury Rodrigues, “o Conselho irá promover uma atividade
educacional para a preservação do patrimônio com o objetivo de conscientizar a
população sobre os benefícios e a importância da preservação do patrimônio
material e imaterial. Além disso, irá promover em setembro o curso Introdução às técnicas retrospectivas do
patrimônio histórico, voltado para o público acadêmico, e interessados em
geral”.
“Qualquer cidadão pode ajudar a preservar a história da sua
comunidade, para tanto basta indicar ao Compac um bem material ou imaterial que
acredita ser significativo, e que necessite de proteção especial. O cidadão suzanense
pode ser um guardião do bem público, respeitando e preservando as obras
tombadas. Isso é garantir a história viva para as futuras gerações”, salienta Rodrigues.
Construída em torno de 1700, Igreja do Baruel sofreu danos e foi reconstruída em 1916/ Foto: Acervo Secretaria de Cultura de Suzano |
Igreja do Baruel
No século XIX, uma
tempestade fez desabar grande parte da capela de Nossa Senhora da Piedade,
reconstituída tempos depois, no ano de 1916, pelo imigrante italiano Roberto
Bianchi. Para comemorar a reinauguração da Igreja, teve início a tradicional Festa do Baruel, que, se inicia com a
reza do terço de São Benedito, trinta dias antes da grande comemoração no mês
de setembro, que é o Dia de Nossa Senhora da Piedade. A caminhada dos fiéis, do
centro da cidade até o bairro, também é uma tradição centenária.
A comunidade na qual a igreja está localizada, às margens da
rodovia Índio Tibiriçá, representa o marco do início do que mais tarde viria a
ser a cidade de Suzano.
Por Elisa Marina
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